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Romeiros pedem saúde e emprego
DO ENVIADO A NOVA TRENTO
O que mais os romeiros pediam
ontem eram empregos e curas, segundo a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e
religiosas que anotavam pedidos
para a intercessão de santa Paulina em ao menos três locais diferentes do santuário.
Dentro da igreja do santuário, a
irmã Solange dizia que as solicitações se referiam "sobretudo a casos de câncer entre familiares,
amigos ou vizinhos, além de solicitações de empregos". Os cuidados que a santa teve com uma
portadora de câncer marcam o
início da congregação fundada
por Paulina no final do século 19.
Diante do Museu de Madre
Paulina, a caixa de pedidos à santa, com capacidade para cerca de
200 solicitações, tinha de ser esvaziada a cada 20 minutos.
"A santa concedeu saúde e emprego para mim e para minha filha", diz Maria Lúcia Salvador, 35,
que viajou quatro horas (de Lauro
Müller, no sul de Santa Catarina),
com mais 90 pessoas. "Eu recomendo falar com ela."
"Não desanimeis nunca embora
venham ventos contrários." A frase de madre Paulina foi adotada
como lema pela aposentada brasiliense Francisca Tereza Torres Lima, 60, que veio a Nova Trento
para pedir que sua neta, Natália, 2,
recupere a visão. "Fizemos uma
novena na porta da UTI em São
Paulo, onde ela foi tratada, e eu
vim ao santuário para agradecer o
fato de que ela está viva. Agora tenho muita fé de que ela vai voltar
a enxergar."
A professora aposentada Maura
Olinda Rodrigues, 54, de Florianópolis, afirma ter recebido ao
menos duas graças da santa. "Em
17 de janeiro de 1995, meu filho
sofreu um acidente. Pouco depois, teve meningite. Coloquei tudo nas mãos de Deus e de madre
Paulina", conta. "Meu marido
também. Bebeu durante 30 anos,
chegou a ser internado, foi alcoólatra. Depois de muita oração, em
junho próximo fará um ano que
ele está recuperado. Todo ano venho ao santuário para agradecer.
Sou muito devota, e o povo tem
fome de Deus aqui."
Dilma Cardoso, 54, de Guaramirim (nordeste de SC), foi prestar um agradecimento duplo a
madre Paulina: pelo fim de suas
dores de cabeça e o fim de problemas que seu marido tinha com a
aposentadoria. "Enquanto tiver
vida e saúde, vou continuar a vir."
"É uma bênção de Deus. A gente
sente que está pisando em terra
santa aqui", afirmou a professora
Inês Archer Guesser, 53, de São
José (SC). "Viemos caminhando
do centro de Nova Trento [6 km
até o santuário" e não sentimos
cansaço,] "Esperamos que a primeira santa do Brasil motive os
católicos a intensificar sua fé e a
participar mais das missas, da vida religiosa e trabalhos comunitários", disse a irmã Lígia, que faz
parte da congregação há 55 anos.
A congregação abriga cerca de
500 religiosas em dez países, principalmente na América Latina e
na África.
(PDF)
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