São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 2002

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Romeiros pedem saúde e emprego

DO ENVIADO A NOVA TRENTO

O que mais os romeiros pediam ontem eram empregos e curas, segundo a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e religiosas que anotavam pedidos para a intercessão de santa Paulina em ao menos três locais diferentes do santuário.
Dentro da igreja do santuário, a irmã Solange dizia que as solicitações se referiam "sobretudo a casos de câncer entre familiares, amigos ou vizinhos, além de solicitações de empregos". Os cuidados que a santa teve com uma portadora de câncer marcam o início da congregação fundada por Paulina no final do século 19.
Diante do Museu de Madre Paulina, a caixa de pedidos à santa, com capacidade para cerca de 200 solicitações, tinha de ser esvaziada a cada 20 minutos.
"A santa concedeu saúde e emprego para mim e para minha filha", diz Maria Lúcia Salvador, 35, que viajou quatro horas (de Lauro Müller, no sul de Santa Catarina), com mais 90 pessoas. "Eu recomendo falar com ela."
"Não desanimeis nunca embora venham ventos contrários." A frase de madre Paulina foi adotada como lema pela aposentada brasiliense Francisca Tereza Torres Lima, 60, que veio a Nova Trento para pedir que sua neta, Natália, 2, recupere a visão. "Fizemos uma novena na porta da UTI em São Paulo, onde ela foi tratada, e eu vim ao santuário para agradecer o fato de que ela está viva. Agora tenho muita fé de que ela vai voltar a enxergar."
A professora aposentada Maura Olinda Rodrigues, 54, de Florianópolis, afirma ter recebido ao menos duas graças da santa. "Em 17 de janeiro de 1995, meu filho sofreu um acidente. Pouco depois, teve meningite. Coloquei tudo nas mãos de Deus e de madre Paulina", conta. "Meu marido também. Bebeu durante 30 anos, chegou a ser internado, foi alcoólatra. Depois de muita oração, em junho próximo fará um ano que ele está recuperado. Todo ano venho ao santuário para agradecer. Sou muito devota, e o povo tem fome de Deus aqui."
Dilma Cardoso, 54, de Guaramirim (nordeste de SC), foi prestar um agradecimento duplo a madre Paulina: pelo fim de suas dores de cabeça e o fim de problemas que seu marido tinha com a aposentadoria. "Enquanto tiver vida e saúde, vou continuar a vir."
"É uma bênção de Deus. A gente sente que está pisando em terra santa aqui", afirmou a professora Inês Archer Guesser, 53, de São José (SC). "Viemos caminhando do centro de Nova Trento [6 km até o santuário" e não sentimos cansaço,] "Esperamos que a primeira santa do Brasil motive os católicos a intensificar sua fé e a participar mais das missas, da vida religiosa e trabalhos comunitários", disse a irmã Lígia, que faz parte da congregação há 55 anos.
A congregação abriga cerca de 500 religiosas em dez países, principalmente na América Latina e na África. (PDF)


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