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PSDB e PMDB combinam discurso para o Nordeste
RENATA GIRALDI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As conversas no fim de semana
foram intensas para os tucanos e
peemedebistas que trabalham pela formalização da aliança em torno do presidenciável do PSDB, o
senador José Serra (SP).
Após várias conversas, reafirmam que até quarta-feira definem o vice na chapa governista
-a cúpula trabalha com o nome
da deputada Rita Camata
(PMDB-ES) ou do senador Pedro
Simon (PMDB-RS), depois que o
deputado Henrique Eduardo Alves (RN) foi descartado.
O nome de Alves, favorito da direção do PMDB, era um dos cotados por ser do Nordeste, mas acabou inviabilizado após reportagem publicada na "IstoÉ" segundo a qual teria feito depósitos no
valor de US$ 15 milhões em contas em paraísos fiscais.
Como o vice de Serra pode ser
de outra região, a partir de hoje o
discurso será que o governo de
Juscelino Kubitschek e João Goulart -um mineiro e outro gaúcho- foi o que mais realizações
executou a favor do Nordeste.
No período -de 1956 a 1961-,
foi criada a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste), extinta recentemente e
que Serra disse querer retomar, e
mobilizadas ações no combate
aos efeitos da seca na região. Para
peemedebistas e tucanos, essa tese pode resolver o problema de o
vice vir do Sudeste ou do Sul.
"O PMDB tem o tempo que
considerar necessário para definir
o nome. Nós não estamos com
pressa", afirmou o presidente do
PSDB, José Aníbal. "Estamos analisando todas as hipóteses e, no
momento certo, a melhor alternativa será definida. Não irá demorar", acrescentou Moreira Franco
(PMDB-RJ).
Blindagem
Na última hora, Serra e o presidente do PMDB, Michel Temer
(SP), desmarcaram um jantar,
que deveria ocorrer anteontem,
em São Paulo.
Conversaram por telefone,
acertando os detalhes para que o
novo nome não seja vulnerável a
denúncias.
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