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Advogada de Veras acha "normal' pressionar governos por dívidas
DA REPORTAGEM LOCAL
Encarregada da defesa de Zuleido Soares Veras -dono da
construtora Gautama-, a advogada Sônia Ráo disse que "há
um certo folclore de que o poder público não pode entrar em
contato com os empresários".
Em entrevista ao portal G1,
Ráo disse que não vê o que incrimine seu cliente no processo
por considerar "normal o empresário pressionar para receber porque o governo geralmente demora a pagar". Para
ela, "são conversas técnicas".
Procurada pela Folha, a advogada disse que participava de
uma reunião em Brasília e que,
por isso, não poderia falar.
Ainda segundo portal G1, a
advogada disse que a negociação exposta pela Operação Navalha "faz parte do processo".
"Não sou engenheira, mas
imagino que eles discutam
questões técnicas, medições.
Faz parte do processo", disse
ela, segundo o portal.
A advogada informou ainda
que não pretende entrar com
um pedido de habeas corpus
para libertar o empresário por
acreditar que a ministra [Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça] vá liberar os
presos depois dos depoimentos. "Certamente a inocência
dele vai ficar clara no decorrer
da semana que vem."
Sobre a conversa em que o
deputado distrital Pedro Passos (PMDB) teria cobrado propina para liberação de recursos
para obra a cargo da Gautama,
Ráo afirmou ao G1 que o diálogo estava entrecortado.
Zuleido Veras foi preso na última quinta-feira na Operação
Navalha, da Polícia Federal,
sob acusação de corrupção de
agentes públicos em benefício
de sua empresa.
Doze dos presos aguardam
julgamento no Supremo de habeas corpus pedindo o relaxamento da prisão.
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