São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007

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Advogada de Veras acha "normal' pressionar governos por dívidas

DA REPORTAGEM LOCAL

Encarregada da defesa de Zuleido Soares Veras -dono da construtora Gautama-, a advogada Sônia Ráo disse que "há um certo folclore de que o poder público não pode entrar em contato com os empresários".
Em entrevista ao portal G1, Ráo disse que não vê o que incrimine seu cliente no processo por considerar "normal o empresário pressionar para receber porque o governo geralmente demora a pagar". Para ela, "são conversas técnicas".
Procurada pela Folha, a advogada disse que participava de uma reunião em Brasília e que, por isso, não poderia falar.
Ainda segundo portal G1, a advogada disse que a negociação exposta pela Operação Navalha "faz parte do processo".
"Não sou engenheira, mas imagino que eles discutam questões técnicas, medições. Faz parte do processo", disse ela, segundo o portal.
A advogada informou ainda que não pretende entrar com um pedido de habeas corpus para libertar o empresário por acreditar que a ministra [Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça] vá liberar os presos depois dos depoimentos. "Certamente a inocência dele vai ficar clara no decorrer da semana que vem."
Sobre a conversa em que o deputado distrital Pedro Passos (PMDB) teria cobrado propina para liberação de recursos para obra a cargo da Gautama, Ráo afirmou ao G1 que o diálogo estava entrecortado.
Zuleido Veras foi preso na última quinta-feira na Operação Navalha, da Polícia Federal, sob acusação de corrupção de agentes públicos em benefício de sua empresa.
Doze dos presos aguardam julgamento no Supremo de habeas corpus pedindo o relaxamento da prisão.


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