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Proposta apresentada pelo ministério de Marta "altera" traçado do metrô de SP
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A ministra Marta Suplicy
(Turismo) criticou ontem a
gestão do trânsito em São Paulo e apresentou proposta para a
linha 6 do metrô que "altera" o
plano de expansão já divulgado
pelo governo paulista.
A diferença no traçado da linha apresentada pelo governo
e pelo ministério foi apontada
na entrevista coletiva. "A observação procede", disse Marta.
Segundo ela, o projeto do Turismo "é uma visão diferente".
"Nós achamos mais interessante essa proposta. Mas isso
vai ser decidido em comum
acordo entre governo federal e
do Estado", disse Marta. "Se
vão acatar exatamente esse traçado ou se será pensado outro,
acho que muitos estudos ainda
vão acontecer para saber exatamente o que vai acontecer."
Ressalvando que "ainda" não
é candidata, a ex-prefeita de
São Paulo (2001-2004) fez uma
série de críticas à situação do
trânsito. "São Paulo necessita
hoje de um esforço de guerra
para lidar com a situação de calamidade no transporte urbano", disse. Para ela, o trânsito é
a "cruz do paulistano". "Não foram feitos os investimentos necessários, nem em corredor de
ônibus nem em metrô."
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM) rebateu: "Quando a ex-prefeita fala em calamidade,
tem conhecimento de causa.
Sua administração deixou a cidade falida, virou as costas para
a saúde e desperdiçou milhões
dos paulistanos em obras atabalhoadas, como os túneis em
bairros ricos". Sobre obras no
metrô, Kassab disse que Marta
se esqueceu que foi prefeita.
"Fico até indignado. A gestão
petista não investiu nada."
Marta esteve ontem em São
Paulo para divulgar o Plano de
Mobilidade Urbana, preparado
pelo Ministério do Turismo para a Copa do Mundo de 2014, a
ser realizada no Brasil.
Segundo a proposta, serão investidos R$ 38,5 bilhões em 11
cidades. São Paulo receberia R$
15 bilhões. Mas não há previsão
de datas para a liberação de verbas nem decisão de quanto sairá dos cofres dos governos federal, estaduais e municipais
ou da iniciativa privada.
Apesar das indefinições,
Marta disse que as obras serão
feitas. "A clareza que eu vi nela
[Dilma Rousseff, da Casa Civil]
e a firmeza que eu vi no presidente é que nós vamos fazer."
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