São Paulo, terça-feira, 20 de maio de 2008

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Proposta apresentada pelo ministério de Marta "altera" traçado do metrô de SP

FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A ministra Marta Suplicy (Turismo) criticou ontem a gestão do trânsito em São Paulo e apresentou proposta para a linha 6 do metrô que "altera" o plano de expansão já divulgado pelo governo paulista.
A diferença no traçado da linha apresentada pelo governo e pelo ministério foi apontada na entrevista coletiva. "A observação procede", disse Marta. Segundo ela, o projeto do Turismo "é uma visão diferente".
"Nós achamos mais interessante essa proposta. Mas isso vai ser decidido em comum acordo entre governo federal e do Estado", disse Marta. "Se vão acatar exatamente esse traçado ou se será pensado outro, acho que muitos estudos ainda vão acontecer para saber exatamente o que vai acontecer."
Ressalvando que "ainda" não é candidata, a ex-prefeita de São Paulo (2001-2004) fez uma série de críticas à situação do trânsito. "São Paulo necessita hoje de um esforço de guerra para lidar com a situação de calamidade no transporte urbano", disse. Para ela, o trânsito é a "cruz do paulistano". "Não foram feitos os investimentos necessários, nem em corredor de ônibus nem em metrô."
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) rebateu: "Quando a ex-prefeita fala em calamidade, tem conhecimento de causa. Sua administração deixou a cidade falida, virou as costas para a saúde e desperdiçou milhões dos paulistanos em obras atabalhoadas, como os túneis em bairros ricos". Sobre obras no metrô, Kassab disse que Marta se esqueceu que foi prefeita. "Fico até indignado. A gestão petista não investiu nada."
Marta esteve ontem em São Paulo para divulgar o Plano de Mobilidade Urbana, preparado pelo Ministério do Turismo para a Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil.
Segundo a proposta, serão investidos R$ 38,5 bilhões em 11 cidades. São Paulo receberia R$ 15 bilhões. Mas não há previsão de datas para a liberação de verbas nem decisão de quanto sairá dos cofres dos governos federal, estaduais e municipais ou da iniciativa privada.
Apesar das indefinições, Marta disse que as obras serão feitas. "A clareza que eu vi nela [Dilma Rousseff, da Casa Civil] e a firmeza que eu vi no presidente é que nós vamos fazer."


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