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ESCÂNDALO DO MENSALÃO
Supremo nega contestação de Dirceu e Jefferson em processo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) negaram ontem por unanimidade oito embargos de declaração propostos por réus no
processo do mensalão.
Entre os que contestaram
a decisão do Supremo de
abrir processo criminal contra os envolvidos no escândalo, estavam José Dirceu
(PT), ex-ministro da Casa Civil e cassado pela Câmara;
Roberto Jefferson (PTB),
também cassado pela Câmara; o empresário Marcos Valério e o deputado Valdemar
Costa Neto (PR).
Jefferson, por exemplo,
questionava o fato de o presidente Lula não ter sido incluído entre os réus, já que
seus "subordinados" foram.
Ele alega, por isso, "omissão
do acórdão", que "nada dispôs sobre a igual prática desses crimes, em óbvia participação, pelo próprio presidente da República".
Ao analisar o caso, o ministro Joaquim Barbosa afirmou que a abertura de ação
penal se limitava àqueles 40
citados na denúncia do procurador-geral da República,
Antonio Fernando Souza.
Já Dirceu pedia a retirada
de um trecho de acórdão sobre afirmações de seus advogados de que o julgamento
seria político. Ele afirmou
que sua defesa "jamais teria
alegado que o presente processo consubstanciaria um
julgamento político".
Joaquim Barbosa citou
trechos de artigo escrito pelo
próprio Dirceu, publicado na
Folha, no qual ele afirmou
que estaria sendo vítima de
um processo político.
O processo criminal foi
aberto pelo Supremo em
agosto do ano passado.
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