São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 2002

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Campanha de SP anuncia paz em meio ao tiroteio

DA REPORTAGEM LOCAL
E DA AGÊNCIA FOLHA

Assim como os presidenciáveis, os principais candidatos ao governo de São Paulo anunciam uma campanha no rádio e na TV sem ataques a adversários, embora as acusações e críticas tenham começado já antes do horário eleitoral gratuito.
No debate entre os candidatos ao governo promovido pela Bandeirantes, por exemplo, há cerca de dez dias, houve troca de críticas e acusações, tendo como principal alvo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição. Na propaganda partidária do PPB, veiculada em maio, a campanha de Paulo Maluf criou personagens para ironizar o tucano e atacar sua administração.
Mesmo assim, Maluf define os programas de sua campanha ao governo como "leves", e lança um desafio aos eleitores. "Vou dizer à população o que eu desejo fazer e peço que vocês [os eleitores] votem, guardem o videoteipe [com a gravação dos programas] e cobrem depois", disse.
O programa de estréia, amanhã, deverá se limitar a mostrar um depoimento do pepebista, com justificativas para querer governar São Paulo, e os números da pesquisa Datafolha, em que ele tem 40% das intenções de voto.
Os demais programas deverão priorizar os planos de Maluf em temas que o partido avalia que o governo Alckmin vai mal, como segurança, implantação de pedágios e geração de empregos.
Alckmin deverá evitar os ataques a Maluf, mas poderá endurecer o tom se for alvo constante do adversário. O governador fará sua campanha à reeleição na TV descolado do presidente Fernando Henrique Cardoso e de José Serra, presidenciável tucano.
Alckmin terá dois programas diferentes de TV. No horário do almoço, o candidato participará de uma espécie de "talk show", de maneira descontraída, respondendo a perguntas de entrevistadores. No horário noturno, ele estará sozinho e apresentará reportagens e comentará pontos de seu programa de governo.
Na campanha petista na TV e no rádio, apresentar Genoino aos eleitores é a principal ordem. E, ao contrário do que deve ocorrer nos programas tucanos, a imagem do petista deve ser ligada às do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva e da prefeita Marta Suplicy.
Genoino disse que pretende "polarizar" com Alckmin e Maluf nas comparações de propostas.
"Iremos mostrar, por exemplo, que a proposta de pedágios do Maluf é inviável [suspender o pagamento durante a madrugada], e que o Alckmin vendeu o patrimônio público e triplicou a dívida paulista." (JOÃO CARLOS SILVA, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E EDUARDO SCOLESE)


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