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Campanha de SP anuncia paz em meio ao tiroteio
DA REPORTAGEM LOCAL
E DA AGÊNCIA FOLHA
Assim como os presidenciáveis,
os principais candidatos ao governo de São Paulo anunciam
uma campanha no rádio e na TV
sem ataques a adversários, embora as acusações e críticas tenham
começado já antes do horário
eleitoral gratuito.
No debate entre os candidatos
ao governo promovido pela Bandeirantes, por exemplo, há cerca
de dez dias, houve troca de críticas e acusações, tendo como principal alvo o governador Geraldo
Alckmin (PSDB), que disputa a
reeleição. Na propaganda partidária do PPB, veiculada em maio,
a campanha de Paulo Maluf criou
personagens para ironizar o tucano e atacar sua administração.
Mesmo assim, Maluf define os
programas de sua campanha ao
governo como "leves", e lança um
desafio aos eleitores. "Vou dizer à
população o que eu desejo fazer e
peço que vocês [os eleitores] votem, guardem o videoteipe [com a
gravação dos programas] e cobrem depois", disse.
O programa de estréia, amanhã,
deverá se limitar a mostrar um
depoimento do pepebista, com
justificativas para querer governar São Paulo, e os números da
pesquisa Datafolha, em que ele
tem 40% das intenções de voto.
Os demais programas deverão
priorizar os planos de Maluf em
temas que o partido avalia que o
governo Alckmin vai mal, como
segurança, implantação de pedágios e geração de empregos.
Alckmin deverá evitar os ataques a Maluf, mas poderá endurecer o tom se for alvo constante do
adversário. O governador fará sua
campanha à reeleição na TV descolado do presidente Fernando
Henrique Cardoso e de José Serra,
presidenciável tucano.
Alckmin terá dois programas
diferentes de TV. No horário do
almoço, o candidato participará
de uma espécie de "talk show", de
maneira descontraída, respondendo a perguntas de entrevistadores. No horário noturno, ele estará sozinho e apresentará reportagens e comentará pontos de seu
programa de governo.
Na campanha petista na TV e
no rádio, apresentar Genoino aos
eleitores é a principal ordem. E, ao
contrário do que deve ocorrer nos
programas tucanos, a imagem do
petista deve ser ligada às do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva e da prefeita Marta Suplicy.
Genoino disse que pretende
"polarizar" com Alckmin e Maluf
nas comparações de propostas.
"Iremos mostrar, por exemplo,
que a proposta de pedágios do
Maluf é inviável [suspender o pagamento durante a madrugada], e
que o Alckmin vendeu o patrimônio público e triplicou a dívida
paulista."
(JOÃO CARLOS SILVA, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E EDUARDO SCOLESE)
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