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Governo de SP
prevê perda de
R$ 179 mi ao ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo do Estado de São
Paulo avalia que a decisão do STF
(Supremo Tribunal Federal) de
anteontem, que aumentou a faixa
de isenção da contribuição previdenciária para R$ 2.508,72, causará uma perda de até R$ 179 milhões por ano nas contas estaduais. Antes da decisão, estavam
isentos os servidores estaduais
que recebiam até R$ 1.254.
"A decisão tem um impacto negativo no resultado das contas
previdenciárias de São Paulo. Ela
fez com que um número muito
grande de pessoas deixasse de
contribuir. O efeito, portanto, é
negativo na arrecadação", disse o
secretário de Fazenda de São Paulo, Eduardo Guardia.
Desde abril deste ano, com base
na reforma da Previdência aprovada em dezembro de 2003 no
Congresso, o governo paulista estava cobrando 11% do que excedia o teto de R$ 1.254 de inativos e
pensionistas. Antes de abril, apenas os inativos estaduais pagavam, com uma alíquota de 6%.
"O novo sistema passou a valer
em abril. Então, essa questão do
STF de retroagir [de o erário ter
de devolver o que foi cobrado a
mais], ainda tenho de avaliar. De
qualquer maneira, a cobrança é
muito recente, só foram quatro
meses", disse Guardia, que afirmou ainda que conversará com a
Procuradoria Geral do Estado.
Há em São Paulo hoje 458 mil
inativos e pensionistas. Segundo
os cálculos da Fazenda, apenas
12% deles, ou seja, cerca de 55 mil
pessoas, passarão a contribuir.
Antes da decisão do STF, esse
montante atingia 47%. "Com a
decisão, vamos ter uma frustração mensal de R$ 14,3 milhões por
mês", disse o secretário. Na avaliação do secretário, a questão do
déficit previdenciário no Estado é
"preocupante". No ano passado,
São Paulo fechou com um déficit
de R$ 8,2 bilhões. "Para cada R$ 1
de contribuição, o Estado tem de
colocar outros R$ 6,6", completou.
(JULIA DUAILIBI)
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