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Berzoini diz que dedicará eventual vitória petista a companheiros que foram atacados
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente nacional do PT,
Ricardo Berzoini, afirmou, na
noite de ontem em um comício
em Diadema, na Grande Grande São Paulo, que a vitória de
candidatos do PT e aliados será
dedicada a todos os companheiros que foram "atacados".
"Vamos trabalhar para ter
uma vitória maiúscula e essa vitória nós vamos dedicar a todos
aqueles companheiros que foram atacados nesse processo...", afirmou o presidente do
partido. Em seguida, ele foi
aplaudido, e não foi possível
ouvir claramente o restante da
frase. "Essa vitória é para definir de uma vez por todas que
quem manda é o povo."
O comício de Luiz Inácio Lula da Silva reuniu 20 mil pessoas na praça da Moça, no centro de Diadema, segundo a Secretaria da Segurança Pública
da cidade, governada pelo PT.
Durante sua fala, o candidato
do PT à Presidência voltou a dizer que a educação será prioridade em um virtual segundo
mandato. "A maior legado não
é casa, carro, apartamento. A
maior herança é saber que o filho conseguiu estudar e se formar. Ou fazemos isso, ou o Brasil não dará o salto de qualidade
que precisa dar", afirmou.
À tarde, em discurso em
Campo Limpo, periferia da zona sul de São Paulo, que também contou com a presença de
Lula, Berzoini, disse, que o governo de Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002) foi o pior
do país. "O povo sabe que o pior
governo que nós tivemos foi o
do Fernando Henrique Cardoso. Ou melhor, Desempregando Henrique Cardoso, Privatizando Henrique Cardoso", afirmou o presidente do PT.
"O governo da tucanada", segundo Berzoini, apostou que
Lula não conseguiria controlar
a crise econômica deixada pelo
PSDB. O petista também tratou
o candidato do PSDB, Geraldo
Alckmin, com sarcasmo. "Lula
subiu e o picolé de chuchu caiu
de novo. Quanto mais ele bate,
mais ele cai. Porque não está
em sintonia com o povo", disse.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, também presente
no comício, disse que "a parte
da elite que pensa que manda
no país" não consegue aceitar
que o povo conquistou o direito
de escolher seu presidente.
"Essa elite não aceita isso e entra em desespero", afirmou.
Aldo também criticou a gestão de José Serra na prefeitura
e de Geraldo Alckmin no governo. Disse que o PSDB argumenta que a reação do crime organizado em São Paulo está relacionada à repressão do crime pelo
Estado. "Então no dia em que [a
repressão] aumentar muito, o
que vai acontecer?", indagou.
(FABIANE LEITE E MALU DELGADO)
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