São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2006

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Berzoini diz que dedicará eventual vitória petista a companheiros que foram atacados

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, afirmou, na noite de ontem em um comício em Diadema, na Grande Grande São Paulo, que a vitória de candidatos do PT e aliados será dedicada a todos os companheiros que foram "atacados".
"Vamos trabalhar para ter uma vitória maiúscula e essa vitória nós vamos dedicar a todos aqueles companheiros que foram atacados nesse processo...", afirmou o presidente do partido. Em seguida, ele foi aplaudido, e não foi possível ouvir claramente o restante da frase. "Essa vitória é para definir de uma vez por todas que quem manda é o povo."
O comício de Luiz Inácio Lula da Silva reuniu 20 mil pessoas na praça da Moça, no centro de Diadema, segundo a Secretaria da Segurança Pública da cidade, governada pelo PT.
Durante sua fala, o candidato do PT à Presidência voltou a dizer que a educação será prioridade em um virtual segundo mandato. "A maior legado não é casa, carro, apartamento. A maior herança é saber que o filho conseguiu estudar e se formar. Ou fazemos isso, ou o Brasil não dará o salto de qualidade que precisa dar", afirmou.
À tarde, em discurso em Campo Limpo, periferia da zona sul de São Paulo, que também contou com a presença de Lula, Berzoini, disse, que o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foi o pior do país. "O povo sabe que o pior governo que nós tivemos foi o do Fernando Henrique Cardoso. Ou melhor, Desempregando Henrique Cardoso, Privatizando Henrique Cardoso", afirmou o presidente do PT.
"O governo da tucanada", segundo Berzoini, apostou que Lula não conseguiria controlar a crise econômica deixada pelo PSDB. O petista também tratou o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, com sarcasmo. "Lula subiu e o picolé de chuchu caiu de novo. Quanto mais ele bate, mais ele cai. Porque não está em sintonia com o povo", disse.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, também presente no comício, disse que "a parte da elite que pensa que manda no país" não consegue aceitar que o povo conquistou o direito de escolher seu presidente. "Essa elite não aceita isso e entra em desespero", afirmou.
Aldo também criticou a gestão de José Serra na prefeitura e de Geraldo Alckmin no governo. Disse que o PSDB argumenta que a reação do crime organizado em São Paulo está relacionada à repressão do crime pelo Estado. "Então no dia em que [a repressão] aumentar muito, o que vai acontecer?", indagou. (FABIANE LEITE E MALU DELGADO)


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