São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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Contrato com Estado é legal, diz González

DA REPORTAGEM LOCAL

O publicitário Lucas Pacheco, que faz a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), disse que sua carreira é independente da de seu irmão, Agnelo, e que não possui vínculos com o PT ou com o governo federal. "Somos irmãos, nos respeitamos e nos damos bem, apenas isso. Minha trajetória é outra."
Procurado várias vezes pela Folha, o marqueteiro João Santana, que atua para Marta Suplicy (PT), não concedeu entrevista.
O publicitário Luiz González, responsável pela campanha de Gilberto Kassab (DEM), afirmou, em e-mail enviado à Folha, que a renovação e os aditivos ao contrato assinado em 2005 entre sua agência e o governo de São Paulo são legais.
Afirmou que o valor do contrato "não aumentou". Disse considerar "óbvio" o motivo pelo qual o contrato foi renovado, em 2006, sem uma nova licitação pública. "Se não prorrogasse, o contratante teria de fazer nova licitação antes de cada 12 meses ou ficaria sem agência. Como o tempo médio de demora de uma licitação, do lançamento do edital à assinatura do contrato chega a seis meses, vê-se que seria desperdício de tempo e dinheiro público."
González não vê nenhuma relação entre os recursos empenhados em 2008 e as eleições municipais, sob alegação de que a disputa não tem a ver com o governo do Estado.
González inúmeras vezes alegou que "não recebe" recursos públicos nos valores referidos. "Não é pelo fato de o dinheiro ter transitado pela conta bancária da agência que ela "recebeu" os recursos."
"As agências de publicidade contratam serviços "por ordem e conta" de seus clientes. Ou seja: executam, como intermediárias, ordens de compra (de espaço de veiculação e de serviços), aprovadas previamente pelo cliente-anunciante. Supervisionam, orientam e fiscalizam os serviços comprados por ordem do cliente e executam o pagamento em nome do cliente", afirmou González.
O governo paulista rebateu o parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado) sob alegação de que há "distorção" na comparação dos gastos entre 2006 (ano eleitoral, com vedações legais) e 2007.
"Além disso, o atual governo criou novos programas, que só tinham razão de existir com a efetiva comunicação à população". (JAB, RB e RV)


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