São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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Leitores associam jornais a confiabilidade, diz pesquisa

Levantamento foi divulgado no término do congresso da Associação Nacional de Jornais

Estudo feito pelo instituto Ipsos-Marplan mostra que jornais são identificados com mais detalhamento e abrangência de informações


DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisa apresentada ontem no 7º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela ANJ (Associação Nacional de Jornais), mostrou que temas como "confiabilidade" e "profundidade" estão no topo das qualidades identificadas pelos leitores de mídia impressa.
Realizada pelo instituto Ipsos-Marplan para a ANJ, a pesquisa procurou explorar o envolvimento do leitor com os jornais. Um dos objetivos também foi o de ter subsídios para fortalecer a estratégia das empresas para fins publicitários.
Segundo a pesquisa, quanto mais rico o leitor, mais ele consome jornais. O veículo é considerado também como um importante instrumento para o aperfeiçoamento profissional e educacional.
A pesquisa envolveu oito diferentes grupos com jovens (de 18 a 24 anos) e adultos (de 25 a 50 anos), além de 13 entrevistas em profundidade com formadores de opinião (como historiadores e filósofos) e executivos de primeiro escalão de empresas.
Um dos resultados mostra que 48% dos leitores de jornais também consultam a internet em busca de informações. Entre os que se abastecem de notícias e informações principalmente pela internet, apenas 5% costumam ler jornais (pelo menos duas vezes por semana). Já os formadores de opinião lêem diariamente -na maioria dos casos, até três títulos diferentes.
Outro dado sobre o hábito de consumir jornais revela que 67% fazem a leitura entre as 9h e as 13h, por 38 minutos, em média. Muitos identificam o jornal com o café da manhã.
Do ponto de vista qualitativo, os jornais são identificados com "profundidade", "confiabilidade" e "detalhamento e abrangência de informações". Algo que, segundo a pesquisa, não é encontrado na internet.
O meio é visto também como um instrumento de ascensão social: na preparação para um vestibular, para ingressar no mercado de trabalho ou mesmo para tomar uma decisão de investimento pessoal.
Muitos dos entrevistados identificaram ainda "traços pessoais e familiares" no hábito de consumir jornais. Os pais liam jornais e incutiram esse hábito neles; ou lembram que a família dividia ou divide as seções diferentes dos jornais no final de semana, por exemplo.
Segundo Cinthia D'Auria, diretora de Mídia Custom do Ipson-Marplan, os leitores também fazem relações entre a confiabilidade do produto e o que ele fornece em termos de anúncios. "O produto cria confiança para a marca quando ela aparece em um jornal", disse.
De acordo com estudos da Marplan/EGM, a penetração do jornal na classe A é de 78%; na B, de 65%; na C, de 46%; na classe D, de 28%; e na E, de 18%.


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