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Tucanos vigiam decisões do governo federal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Há uma semana, o governo federal liberou R$ 3,3 milhões para obras contra a seca no Piauí, graças à discreta
pressão exercida nos bastidores pela campanha presidencial de José Serra
(PSDB). A verba estava atrasada, o exaspera os aliados
do tucano no Estado.
A campanha de Serra exerce cerrada vigilância sobre as
decisões do governo e o humor do eleitorado, sobretudo no que se refere a preços
de produtos que influenciam a inflação, como combustível e pãozinho.
A Petrobras, por exemplo,
quer aumentar a gasolina. A
campanha de Serra contabiliza o presidente da estatal,
Francisco Gros, na conta dos
simpatizantes da candidatura Ciro Gomes (PPS). Mas o
próprio Gros parece ter sido
convencido de que não há
como tomar uma decisão
técnica com as bruscas variações que sofre o dólar.
"Em condições normais de
mercado, há uma série de
preços dolarizados e que poderiam ter aumentos", diz o
coordenador do programa
de governo de Serra, o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas.
O dólar, segundo ele, está cotado (ontem fechou a R$
3,45) muito acima de seu
ponto de equilíbrio, que ele
julga ser em torno dos R$
2,50, por conta da incerteza
eleitoral.
(RAYMUNDO COSTA)
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