São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2002

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Tucanos vigiam decisões do governo federal

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Há uma semana, o governo federal liberou R$ 3,3 milhões para obras contra a seca no Piauí, graças à discreta pressão exercida nos bastidores pela campanha presidencial de José Serra (PSDB). A verba estava atrasada, o exaspera os aliados do tucano no Estado.
A campanha de Serra exerce cerrada vigilância sobre as decisões do governo e o humor do eleitorado, sobretudo no que se refere a preços de produtos que influenciam a inflação, como combustível e pãozinho.
A Petrobras, por exemplo, quer aumentar a gasolina. A campanha de Serra contabiliza o presidente da estatal, Francisco Gros, na conta dos simpatizantes da candidatura Ciro Gomes (PPS). Mas o próprio Gros parece ter sido convencido de que não há como tomar uma decisão técnica com as bruscas variações que sofre o dólar.
"Em condições normais de mercado, há uma série de preços dolarizados e que poderiam ter aumentos", diz o coordenador do programa de governo de Serra, o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas. O dólar, segundo ele, está cotado (ontem fechou a R$ 3,45) muito acima de seu ponto de equilíbrio, que ele julga ser em torno dos R$ 2,50, por conta da incerteza eleitoral. (RAYMUNDO COSTA)



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