da Sucursal de Brasília

A criação de 8,5 milhões de empregos nos próximos quatro anos, uma das principais metas do programa ""Avança Brasil", vai depender em grande parte da realização do cenário econômico traçado pelo próprio governo, com taxas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre 4% e 5% ao ano.
O cumprimento da meta de criação de empregos não está sob a responsabilidade isolada de nenhum dos 330 gerentes de programas do Plano Plurianual que começaram a ser treinados ontem. Nem será consequência direta do conjunto de investimentos proposto pelo governo.
A principal fonte de geração de empregos no Plano Plurianual serão os investimentos de R$ 212 bilhões planejados nas áreas de telecomunicações, energia, transportes e infra-estrutura hídrica, com dinheiro público e privado.
Investimentos nas áreas de habitação, urbanismo e saneamento, no valor de R$ 28,2 bilhões, deverão ser responsáveis pela criação de 3,3 milhões de empregos, prevê o Ministério do Planejamento, que comandou a elaboração do Plano Plurianual.
Investimentos em turismo, de R$ 1,8 bilhão, e na agricultura familiar, de R$ 9,5 bilhões, também são apontados como fontes para a geração de 1,8 milhão de novos postos de trabalho.
O ministério destaca outras frentes de combate ao desemprego, como a qualificação de 20 milhões de trabalhadores, mediante investimentos de R$ 3,9 bilhões até 2002, e propostas de mudança da legislação trabalhista.
Contando com os projetos ligados à burocracia e com os pagamentos de benefícios previdenciários, que consomem a maior fatia de recursos do Plano Plurianual, o ""Avança Brasil" prevê investimentos de R$ 1,1 trilhão públicos e privados no período de 2000 a 2003.
No Plano Plurianual encaminhado ao Congresso em 1995, no início do primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, o governo traçou metas de crescimento do PIB bem mais otimistas do que as taxas verificadas nesse período. O Plano Plurianual serve de guia para a elaboração dos projetos anuais de Orçamento da União.


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