São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 2006

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Jornalista que mordeu dedo de militante petista afirma ser eleitora de Lula

Ricardo Stuckert - 17.out.2006 / Divulgação
Após ser agredida, a militante petista Danielle Tristão é recebida por Lula e Marisa Letícia


CRISTINA TARDÁGUILA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

A jornalista Ana Cristina Luzardo de Castro, 39, que, com uma mordida, arrancou parte do dedo anelar esquerdo da publicitária e militante petista Danielle Tristão, 38, em briga na madrugada de segunda em um bar do Leblon, no Rio, negou ser tucana ou eleitora de Geraldo Alckmin.
"Votei no Lula e, mesmo depois de toda essa confusão, votarei nele no segundo turno."
Ela nega que clientes do bar Jobi usassem camisetas contrárias a Lula na hora da briga, mas confirma que uma pessoa que não conhece tinha adesivos de Alckmin na mesa. "Estou sendo massacrada. Mas sou uma pessoa pacata, de classe média, desempregada."
Segundo Ana Cristina, a briga começou quando a petista se aproximou de sua mesa e a chamou de "patricinha do Leblon desinformada".
"Ela entrou no bar fazendo militância de forma invasiva e inconveniente. Ela veio para a minha mesa, perguntar minha opinião. Eu disse que não estava disposta a discutir política. Ela, então, me chamou de "patricinha" e eu a chamei de "baranga chata". Ela me deu um tapa de mão cheia no rosto e eu saí correndo atrás dela."
Do lado de fora do bar, acrescentou, as duas se atracaram. A jornalista afirma que a mordida no dedo foi "uma reação instintiva".
Nos últimos dias, a página no Orkut de Ana Cristina foi alvo de mensagens que a chamam de "pitbull do Leblon", "Hannibal" (personagem canibal de Anthony Hopkins no cinema) e "Alcriminosa".
Danielle pode ser operada hoje. Na última terça, com o dedo enfaixado, ela foi ao Canecão, casa de shows do Rio, para assistir a um comício de Lula. Lá encontrou-se com o presidente e a primeira-dama.
Segundo o delegado Carlos Alberto Meirelles de Abreu Filho, da 14ª DP (Leblon), o Instituto Médico Legal classificou a lesão de Danielle como grave, o que pode implicar pena de reclusão de um a cinco anos para Ana Cristina.


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