Grupo ocupa ainda duas fazendas no interior; órgão diz que já providenciou reivindicações feitas pelo MTL

Marcelo Albuquerque/"Gazeta de Alagoas"

Grupo de sem-terra, que invadiu a sede do Incra em Alagoas, acampa na praça Sinimbú, em frente ao prédio do órgão, em Maceió

DA AGÊNCIA FOLHA

Integrantes do MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade) invadiram, na manhã de ontem, o prédio da superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Maceió e outras duas fazendas no interior de Alagoas.
Segundo o movimento de sem-terra, 600 manifestantes participam da ação na capital alagoana. O Incra diz, no entanto, que foram 150 membros.
Os integrantes do MTL protestam por mais crédito para os trabalhadores rurais e por melhorias na infra-estrutura dos assentamentos.
Em Viçosa (83 km de Maceió), 125 famílias participaram da invasão de duas propriedades, segundo os sem-terra.

Reivindicações
O Incra diz que o MTL apresentou reivindicações que já foram discutidas em uma reunião entre as duas partes, realizada há duas semanas.
A direção do órgão no Estado afirma ainda que já providenciou os pedidos feitos pelos sem-terra no último encontro. As reivindicações que não foram atendidas foram incluídas no orçamento do órgão para 2008, segundo a superintendência do Incra em Alagoas.
Eliane Silva, da coordenação estadual do MTL, diz, no entanto, que o Incra não deu garantias nas reuniões anteriores de que iria cumprir os pedidos dos sem-terra. O movimento critica a demora nas ações do órgão e pede que as melhorias sejam entregues ainda neste ano.
Devido à invasão, as atividades dos funcionários da unidade foram parcialmente paralisadas. O Incra afirma que não houve tumultos ou depredação durante a entrada dos manifestantes no prédio em Maceió.
No começo da noite de ontem, os sem-terra continuavam no edifício do órgão em Alagoas e se reuniram com a direção do órgão para negociar.
(FELIPE BÄCHTOLD)


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