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outro lado
Empresas dizem que não há conflito de interesses
DA REDAÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Paula Barreto, produtora de
"Lula, o Filho do Brasil", disse
que "100% dos patrocinadores
são empresas que já investiram
em cultura": "Apenas 20% não
eram parceiros anteriores. Não
houve caso de patrocinador
que procurasse as produtoras".
O Grupo Energia disse que
apoia o cinema nacional desde
2004, tendo patrocinado até
hoje 35 filmes e investido ao todo R$ 16,2 milhões. "O Grupo
Neoenergia não vê conflito de
interesses na relação com o patrocínio deste projeto."
A Odebrecht disse que suas
"decisões de patrocínio cultural não são pautadas por outros
interesses além do compromisso de contribuir com a comunidade". Disse que sua receita somou R$ 42 bilhões em 2008,
dos quais só R$ 220 milhões
(0,5%) foram provenientes de
serviços prestados à União.
A Ambev disse que é parte de
sua política apoiar obras do cinema nacional e que se orgulha
de ter patrocinado filmes como
este. A GDF Suez afirmou que
apoia outros 20 projetos, muitos não incluídos na Lei Rouanet, como o filme em questão.
Segundo a Oi, uma análise
técnica considerou o investimento justificável pela "grande
perspectiva de sucesso de público e bilheteria". Disse não
ver conflito de interesses no
patrocínio. "É produção privada, patrocinada por empresa
privada e recursos privados."
A EBX informou que Eike
Batista contribuiu com R$ 1 milhão pelo "profundo respeito e
admiração que tem pela história de luta e superação do presidente" e que a empresa já patrocinou outros seis filmes. A
JBS Friboi aceitou a proposta
da produtora por julgar importante ter sua imagem ligada a
um filme "que passa mensagem
positiva de perseverança".
A Volkswagen, que não vê
conflito de interesses em patrocinar a obra, diz crer no ganho institucional que o filme
pode trazer à imagem da marca, que "patrocinou outros cinco filmes no ano passado". Disse que pesou o fato de Lula ter a
sua vida sindical ligada ao ABC,
onde a empresa tem sua sede.
A Ticket disse que o apoio faz
parte de suas ações voltadas ao
patrocínio da cultura nacional.
A Hyundai disse que viu na
"segurança de sucesso" do filme uma boa oportunidade de
iniciar seus investimentos na
área cultural. Para a Camargo
Corrêa, o patrocínio focou o
"potencial de exposição da
marca em uma produção com
grande expectativa de público".
O Senai não vê nenhum problema ético ou legal na doação.
A Souza Cruz disse que decidiu apoiar o filme pois "grandes
empresas têm um importante
papel no desenvolvimento cultural do país". A Estre Ambiental disse que o filme se enquadra na política de patrocínio da
empresa, que já apoiou outros
filmes. Outros patrocinadores
não se manifestaram.
(RV E PG)
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