São Paulo, sexta-feira, 20 de novembro de 2009

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outro lado

Empresas dizem que não há conflito de interesses

DA REDAÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Paula Barreto, produtora de "Lula, o Filho do Brasil", disse que "100% dos patrocinadores são empresas que já investiram em cultura": "Apenas 20% não eram parceiros anteriores. Não houve caso de patrocinador que procurasse as produtoras".
O Grupo Energia disse que apoia o cinema nacional desde 2004, tendo patrocinado até hoje 35 filmes e investido ao todo R$ 16,2 milhões. "O Grupo Neoenergia não vê conflito de interesses na relação com o patrocínio deste projeto."
A Odebrecht disse que suas "decisões de patrocínio cultural não são pautadas por outros interesses além do compromisso de contribuir com a comunidade". Disse que sua receita somou R$ 42 bilhões em 2008, dos quais só R$ 220 milhões (0,5%) foram provenientes de serviços prestados à União.
A Ambev disse que é parte de sua política apoiar obras do cinema nacional e que se orgulha de ter patrocinado filmes como este. A GDF Suez afirmou que apoia outros 20 projetos, muitos não incluídos na Lei Rouanet, como o filme em questão.
Segundo a Oi, uma análise técnica considerou o investimento justificável pela "grande perspectiva de sucesso de público e bilheteria". Disse não ver conflito de interesses no patrocínio. "É produção privada, patrocinada por empresa privada e recursos privados."
A EBX informou que Eike Batista contribuiu com R$ 1 milhão pelo "profundo respeito e admiração que tem pela história de luta e superação do presidente" e que a empresa já patrocinou outros seis filmes. A JBS Friboi aceitou a proposta da produtora por julgar importante ter sua imagem ligada a um filme "que passa mensagem positiva de perseverança".
A Volkswagen, que não vê conflito de interesses em patrocinar a obra, diz crer no ganho institucional que o filme pode trazer à imagem da marca, que "patrocinou outros cinco filmes no ano passado". Disse que pesou o fato de Lula ter a sua vida sindical ligada ao ABC, onde a empresa tem sua sede.
A Ticket disse que o apoio faz parte de suas ações voltadas ao patrocínio da cultura nacional.
A Hyundai disse que viu na "segurança de sucesso" do filme uma boa oportunidade de iniciar seus investimentos na área cultural. Para a Camargo Corrêa, o patrocínio focou o "potencial de exposição da marca em uma produção com grande expectativa de público". O Senai não vê nenhum problema ético ou legal na doação.
A Souza Cruz disse que decidiu apoiar o filme pois "grandes empresas têm um importante papel no desenvolvimento cultural do país". A Estre Ambiental disse que o filme se enquadra na política de patrocínio da empresa, que já apoiou outros filmes. Outros patrocinadores não se manifestaram. (RV E PG)


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