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São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 2003

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Titular do Fome Zero se dá nota 9

WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Alvo de uma série de críticas no primeiro ano de governo, o ministro da Segurança Alimentar, José Graziano, fez ontem um balanço em que comemorou a superação da meta do Fome Zero e o cumprimento do objetivo do Bolsa-Família, os principais programas sociais do governo federal.
Questionado sobre a nota que daria a si mesmo, Graziano afirmou, confiante em que permanecerá no cargo depois da reforma ministerial prevista para as próximas semanas: "Nós gostaríamos de poder ter feito mais do que fizemos, embora acho que tenhamos feito a lição de casa -já que estamos falando de nota- com louvor. Eu diria que nós estamos entre 8 e 9 para este ano, mas queremos chegar a 10 no próximo ano", afirmou.
Apresentado na campanha eleitoral como a grande promessa do governo, o Fome Zero foi completamente desfigurado. Foram abandonadas metas como atender a 9,3 milhões de famílias e estender benefícios da Previdência a trabalhadores urbanos que não contribuíram para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O programa perdeu sua primazia para o Bolsa-Família, resultado da unificação de programas previamente existentes.
Segundo Graziano, o número de famílias atingidas pelo programa Fome Zero (cartão-alimentação) chegou a 1,6 milhão neste mês. A meta após a reformulação do programa era 1 milhão.
Ao todo, os programas de transferência de renda (Bolsa-Família e cartão-alimentação) atingiram 3,5 milhões de famílias. Foi distribuído 1,3 milhão de cestas básicas para 255 mil famílias. Foram atendidas 291 mil famílias por meio do programa de convivência com a seca.

Futebol
Questionado se havia sido pego como bode expiatório no início do governo, o ministro usou uma metáfora no estilo do presidente Lula e afirmou que muitas pessoas gostam de opinar sobre a escalação do time, mas o que importa é a opinião do técnico.
"Temos um bom técnico. Ele sabe a hora de mexer no time. Tenho falado sempre com ele, e ele tem sido um incentivador da ação do Fome Zero", disse o ministro.
Entre as prioridades da pasta para o ano que vem, ele destacou a construção de cisternas. Convênio assinado entre a ASA (Articulação do Semi-Árido) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) prevê a construção de 22 mil cisternas. Neste ano, o ministério investiu R$ 17,5 milhões no projeto, e a Febraban, R$ 15 milhões.


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