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Titular do Fome Zero se dá nota 9
WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Alvo de uma série de críticas no
primeiro ano de governo, o ministro da Segurança Alimentar,
José Graziano, fez ontem um balanço em que comemorou a superação da meta do Fome Zero e o
cumprimento do objetivo do Bolsa-Família, os principais programas sociais do governo federal.
Questionado sobre a nota que
daria a si mesmo, Graziano afirmou, confiante em que permanecerá no cargo depois da reforma
ministerial prevista para as próximas semanas: "Nós gostaríamos
de poder ter feito mais do que fizemos, embora acho que tenhamos feito a lição de casa -já que
estamos falando de nota- com
louvor. Eu diria que nós estamos
entre 8 e 9 para este ano, mas queremos chegar a 10 no próximo
ano", afirmou.
Apresentado na campanha eleitoral como a grande promessa do
governo, o Fome Zero foi completamente desfigurado. Foram
abandonadas metas como atender a 9,3 milhões de famílias e estender benefícios da Previdência a
trabalhadores urbanos que não
contribuíram para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O programa perdeu sua primazia para o Bolsa-Família, resultado da unificação de programas
previamente existentes.
Segundo Graziano, o número
de famílias atingidas pelo programa Fome Zero (cartão-alimentação) chegou a 1,6 milhão neste
mês. A meta após a reformulação
do programa era 1 milhão.
Ao todo, os programas de transferência de renda (Bolsa-Família e
cartão-alimentação) atingiram
3,5 milhões de famílias. Foi distribuído 1,3 milhão de cestas básicas
para 255 mil famílias. Foram
atendidas 291 mil famílias por
meio do programa de convivência com a seca.
Futebol
Questionado se havia sido pego
como bode expiatório no início
do governo, o ministro usou uma
metáfora no estilo do presidente
Lula e afirmou que muitas pessoas gostam de opinar sobre a escalação do time, mas o que importa é a opinião do técnico.
"Temos um bom técnico. Ele sabe a hora de mexer no time. Tenho falado sempre com ele, e ele
tem sido um incentivador da ação
do Fome Zero", disse o ministro.
Entre as prioridades da pasta
para o ano que vem, ele destacou
a construção de cisternas. Convênio assinado entre a ASA (Articulação do Semi-Árido) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) prevê a construção de 22 mil
cisternas. Neste ano, o ministério
investiu R$ 17,5 milhões no projeto, e a Febraban, R$ 15 milhões.
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