São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

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Cidade de frei Galvão espera lucrar com turismo religioso

Expectativa em Guaratinguetá é que devoção a religioso impulsione economia

Cidade quer criar o "roteiro da fé", com Aparecida, onde fica a Basílica Nacional, e Cachoeira Paulista, sede da congregação carismática


FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARATINGUETÁ

O anúncio do reconhecimento pelo Vaticano do segundo milagre de frei Galvão foi recebido com festa em Guaratinguetá (176 km de São Paulo).
Além de ser a cidade natal daquele que em breve se tornará o primeiro santo nascido no Brasil, há a expectativa de que a canonização de frei Galvão coloque de vez o município no mapa do turismo religioso.
O franciscano Antônio de Sant" Anna Galvão nasceu em Guaratinguetá em 1739. Ele criou as pílulas com orações as quais são atribuídas poder de cura. Morreu aos 84 anos, no dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz, na capital paulista. Foi beatificado em 1998 pelo papa João Paulo 2º.
Localizada às margens da via Dutra, Guaratinguetá tem 111 mil habitantes. De acordo com o secretário de Turismo da cidade, Nelson Baracho dos Santos, a devoção a frei Galvão leva cerca de 40 mil romeiros ao município todos os meses. A expectativa é que esse número aumente em 50% agora que a canonização está próxima.
O município já está, inclusive, trabalhando na criação de um "roteiro da fé" com as vizinhas Aparecida, onde fica a Basílica Nacional, e Cachoeira Paulista, sede da congregação carismática Canção Nova. O projeto conta com o apoio do Sebrae e planeja, entre outros pontos, uma divulgação maciça das três cidades, em todo o país.
"Com a canonização de frei Galvão, o turismo religioso vai crescer muito aqui e, no médio prazo, deve se tornar o principal motor econômico de Guaratinguetá", disse Santos.

Pílulas
As pílulas milagrosas são produzidas em três locais: no seminário frei Galvão, no mosteiro da Imaculada Conceição e na irmandade frei Galvão. Só esta última produz cerca de 60 mil pílulas por mês, entregues gratuitamente aos fiéis durante as missas e enviadas por correio para todo o país -a pessoa só precisa enviar com o pedido um outro envelope selado.
A presidente da irmandade, Ondina Kalil, prevê que precisará de mais voluntárias para o trabalho de preparo das pílulas. Hoje, elas são feitas por 18 mulheres que trabalham de duas a seis horas por dia.


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