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Cidade de frei Galvão espera lucrar com turismo religioso
Expectativa em Guaratinguetá é que devoção a religioso impulsione economia
Cidade quer criar o "roteiro da fé", com Aparecida, onde fica a Basílica Nacional, e Cachoeira Paulista, sede da congregação carismática
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARATINGUETÁ
O anúncio do reconhecimento pelo Vaticano do segundo
milagre de frei Galvão foi recebido com festa em Guaratinguetá (176 km de São Paulo).
Além de ser a cidade natal daquele que em breve se tornará o
primeiro santo nascido no Brasil, há a expectativa de que a canonização de frei Galvão coloque de vez o município no mapa do turismo religioso.
O franciscano Antônio de
Sant" Anna Galvão nasceu em
Guaratinguetá em 1739. Ele
criou as pílulas com orações as
quais são atribuídas poder de
cura. Morreu aos 84 anos, no
dia 23 de dezembro de 1822, no
Mosteiro da Luz, na capital
paulista. Foi beatificado em
1998 pelo papa João Paulo 2º.
Localizada às margens da via
Dutra, Guaratinguetá tem 111
mil habitantes. De acordo com
o secretário de Turismo da cidade, Nelson Baracho dos Santos, a devoção a frei Galvão leva
cerca de 40 mil romeiros ao
município todos os meses. A
expectativa é que esse número
aumente em 50% agora que a
canonização está próxima.
O município já está, inclusive, trabalhando na criação de
um "roteiro da fé" com as vizinhas Aparecida, onde fica a Basílica Nacional, e Cachoeira
Paulista, sede da congregação
carismática Canção Nova. O
projeto conta com o apoio do
Sebrae e planeja, entre outros
pontos, uma divulgação maciça
das três cidades, em todo o país.
"Com a canonização de frei
Galvão, o turismo religioso vai
crescer muito aqui e, no médio
prazo, deve se tornar o principal motor econômico de Guaratinguetá", disse Santos.
Pílulas
As pílulas milagrosas são
produzidas em três locais: no
seminário frei Galvão, no mosteiro da Imaculada Conceição e
na irmandade frei Galvão. Só
esta última produz cerca de 60
mil pílulas por mês, entregues
gratuitamente aos fiéis durante
as missas e enviadas por correio para todo o país -a pessoa
só precisa enviar com o pedido
um outro envelope selado.
A presidente da irmandade,
Ondina Kalil, prevê que precisará de mais voluntárias para o
trabalho de preparo das pílulas.
Hoje, elas são feitas por 18 mulheres que trabalham de duas a
seis horas por dia.
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