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SÃO PAULO
Partidos negociam apoios
PT recua e deve fechar um acordo com PSDB
DA REPORTAGEM LOCAL
A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo decidiu ontem, em reunião, adiar a escolha de um nome do partido
para concorrer à presidência da
Casa. No início do mês, os petistas
do Estado anunciaram que lançariam ontem um candidato para
disputar com o PSDB o comando
do Legislativo paulista.
O recuo aproxima o PT de fechar um acordo com o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), envolvendo a presidência da Câmara dos Deputados, já
que os tucanos, mesmo com uma
bancada inferior à do PT em São
Paulo, querem continuar no comando da Assembléia Legislativa.
A proposta do PSDB paulista é
apoiar João Paulo Cunha (PT-SP)
para presidente da Câmara desde
que em São Paulo os petistas
abram mão de disputar o comando da Assembléia, onde, a exemplo do que ocorre no âmbito federal, possuem a maior bancada.
O acordo foi costurado pelo
próprio João Paulo Cunha, com o
apoio da direção nacional do PT.
"As duas eleições são processos
diferentes, mas é evidente que o
fato de os partidos envolvidos nas
duas disputas serem os mesmos
aproxima as coisas. Vamos estar
atentos à eleição do dia 1º de fevereiro [eleição para presidente da
Câmara]", declarou o deputado
Carlinhos Almeida, líder do PT na
Assembléia paulista.
Se o petista for confirmado na
presidência da Câmara dos Deputados com o apoio de tucanos, o
caminho fica livre para o PSDB
acertar os detalhes do acordo com
a bancada paulista do PT.
Almeida afirmou que o PT vai
pedir ao governador uma "democratização" da Assembléia, o que
garantiria ao partido mais espaço
nas principais comissões. "Estamos conversando com todos os
líderes da Casa", disse.
Em Minas Gerais, o governador
Aécio Neves (PSDB) acertou com
os deputados federais tucanos o
apoio à candidatura de João Paulo
Cunha. O PT, que também tem a
maior bancada no Legislativo mineiro, deixará a presidência da
Assembléia com o PSDB.
Hoje, Aécio Neves vai almoçar
com Alckmin em São Paulo, no
Palácio dos Bandeirantes.
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