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Padres pedem discussão sobre o celibato
Presidente da Comissão Nacional de Presbíteros defende reflexão "sobre novas formas de ministério"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
A CNP (Comissão Nacional
dos Presbíteros) deve publicar
daqui a duas semanas texto intitulado "Subsídios para reflexão", no qual pede a abertura de
discussões sobre a obrigatoriedade do celibato de padres na
Igreja Católica. Com o fim da
obrigação, os religiosos casados
ou ex-casados também poderiam ser ordenados padres.
A abertura de discussão em
torno do tema foi sugerida por
alguns padres no 12º Encontro
Nacional de Presbíteros, que
ocorreu de 13 a 19 de fevereiro
no mosteiro de Itaici, em Indaiatuba (SP), com a presença
de pelo menos 430 padres.
Segundo o presidente eleito
da Comissão Nacional de Presbíteros, Francisco dos Santos,
"o que está se propondo é que
se reflita sobre novas formas de
ministério [sacerdócio], que
não seja apenas o celibatário".
Ele disse não haver consenso
sobre o celibato, mas que a
maioria dos padres defende a
sua continuidade. "Não estamos propondo o fim do celibato, mas que sejam estudadas
novas formas. Quais seriam essas novas formas é exatamente
sobre o que queremos refletir",
disse o presidente da CNP.
A CNP é vinculada à CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). No que depender do Vaticano, a proposta deve ficar no papel. Na abertura
do encontro, há oito dias, o prefeito da Congregação para o
Clero, no Vaticano, cardeal
dom Cláudio Hummes, 73, defendeu o celibato: "O celibato
não deve ser vivido como mera
imposição, mas na fé, como um
dom de Deus que acolhemos
num gesto de resposta de amor,
um dom exigente, mas com potencial de grandes frutos de
santificação", disse ele, que cuida da formação de padres.
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