São Paulo, quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

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Padres pedem discussão sobre o celibato

Presidente da Comissão Nacional de Presbíteros defende reflexão "sobre novas formas de ministério"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

A CNP (Comissão Nacional dos Presbíteros) deve publicar daqui a duas semanas texto intitulado "Subsídios para reflexão", no qual pede a abertura de discussões sobre a obrigatoriedade do celibato de padres na Igreja Católica. Com o fim da obrigação, os religiosos casados ou ex-casados também poderiam ser ordenados padres.
A abertura de discussão em torno do tema foi sugerida por alguns padres no 12º Encontro Nacional de Presbíteros, que ocorreu de 13 a 19 de fevereiro no mosteiro de Itaici, em Indaiatuba (SP), com a presença de pelo menos 430 padres.
Segundo o presidente eleito da Comissão Nacional de Presbíteros, Francisco dos Santos, "o que está se propondo é que se reflita sobre novas formas de ministério [sacerdócio], que não seja apenas o celibatário".
Ele disse não haver consenso sobre o celibato, mas que a maioria dos padres defende a sua continuidade. "Não estamos propondo o fim do celibato, mas que sejam estudadas novas formas. Quais seriam essas novas formas é exatamente sobre o que queremos refletir", disse o presidente da CNP.
A CNP é vinculada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). No que depender do Vaticano, a proposta deve ficar no papel. Na abertura do encontro, há oito dias, o prefeito da Congregação para o Clero, no Vaticano, cardeal dom Cláudio Hummes, 73, defendeu o celibato: "O celibato não deve ser vivido como mera imposição, mas na fé, como um dom de Deus que acolhemos num gesto de resposta de amor, um dom exigente, mas com potencial de grandes frutos de santificação", disse ele, que cuida da formação de padres.


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