DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo deverá recorrer à Polícia Federal para desarmar fazendeiros que estão contratando seguranças armados para defender suas terras contra invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A idéia surgiu depois que o secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, conversou ontem com representantes do Ministério da Justiça, do MST, da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e do núcleo agrário do PT na Câmara dos Deputados.
A PF é responsável por autorizar o funcionamento de empresas de segurança privada e fiscalizá-las. No caso das fazendas, segundo Nilmário, a PF será chamada para verificar se seus proprietários estão contratando empresas que funcionam segundo a lei.
"Há muitas empresas privadas que fazem papel de milícia e têm uma face legal e outra ilegal. Se for constatado que não passam de pseudo-empresas, caberá a ação da Polícia Federal", disse o secretário de Direitos Humanos.
No centro-oeste do Paraná, por exemplo, atua uma milícia armada com o nome de PCR (Primeiro Comando Rural). Foi criada para fazer frente aos sem-terra porque, segundo seus membros, os fazendeiros não confiam no governo.
Seguranças armados também são encontrados vigiando fazendas do interior da Paraíba, do sul do Pará e em Minas Gerais.
(RICARDO WESTIN)


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