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ESCÂNDALO DO "MENSALÃO"/ PALOCCI EM APUROS
Márcio Thomaz Bastos afirma, em evento da Polícia Federal, que vazamento de informações é "praga" no país e deve ser
combatido
Violação é grave e será apurada, diz ministro
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, afirmou ontem,
que a quebra de sigilo bancário do
caseiro Francenildo da Costa é
"grave" e vai ser apurada.
"Acredito que seja uma violação
grave. Essa quebra de sigilo é séria, precisa ser apurada e vai ser
apurada".
A declaração foi feita ontem, em
evento da Polícia Federal em São
Paulo, onde foram destruídas
mercadorias contrabandeadas
apreendidas em operações que
resultaram na prisão do empresário chinês Law Kin Chong e sua
mulher, Miriam, apontados como
chefes da maior quadrilha de contrabando do país.
Informações sobre a movimentação bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa foram divulgadas na última edição da revista "Época". A reportagem sugere que pode ter sido comprado,
com depósitos que somariam R$
25 mil, o depoimento no qual ele
contou à CPI dos Bingos ter visto
Antonio Palocci em uma casa
usada para reuniões de lobby.
O caseiro informou que acionará a Caixa Econômica Federal na
Justiça para que o banco informe
quem são os responsáveis por
quebrar o sigilo de sua conta.
O ministro afirmou ontem que
discutiria com o comando da Polícia Federal as providências necessárias para cuidar do caso. "A
PF vai apurar [a quebra de sigilo]
das maneiras que ela tem: abrindo inquérito policial, investigando e trabalhando." Mais tarde, em
Brasília, Bastos disse que a investigação começaria hoje.
"Pedi ao dr. Paulo Lacerda [diretor-geral da PF] que abrisse esse
inquérito. Esse crime vai ser investigado com todo o rigor. Isso é
um crime grave."
Ele disse ainda que que o vazamento de informações é "uma
praga" no Brasil. "É uma coisa
terrível que precisa ser combatida
e coibida e vamos combater isso."
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