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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
"Pode avisar"
De Lula, a dois anos e meio de sua sucessão: ""Pode
avisar a oposição: o meu candidato vai ganhar a eleição". A frase foi dita à jornalista Maria Lydia, da TV
Gazeta de São Paulo, em entrevista que será exibida
neste domingo de Páscoa, a partir das 23h45, em edição especial do programa "Em Questão".
O desafio ao campo que hoje lidera as pesquisas para 2010 veio logo depois de o presidente, mais uma
vez, afastar a hipótese de disputar um terceiro mandato, tema que o deputado-amigo Devanir Ribeiro
(PT-SP) ciclicamente introduz na pauta. ""Eu não
acho que seria democrático mudar a lei para permitir
o terceiro mandato", respondeu Lula.
PAC do Sorriso 1. Encerrada a cerimônia em que o
governo concedeu o uso de
águas públicas para pescadores de Foz do Iguaçu, Lula entabulou conversa com um dos
beneficiados, um índio de nome Henrique. Notou que lhe
faltavam vários dentes e recomendou tratamento.
PAC do Sorriso 2. Diante da expressão do índio, como a dizer que não tinha dinheiro, Lula insistiu: ele deveria procurar a rede pública e
fazer o tratamento. Depois,
chamou o presidente de Itaipu, Jorge Samek, e lhe pediu
que instruísse o prefeito de
São Miguel do Iguaçu a encaminhar pessoalmente o caso.
Mico. Integrantes da comitiva de Lula, Dilma Rousseff
(Casa Civil), Paulo Bernardo
(Planejamento) e Márcio Fortes (Cidades) circularam por
Foz do Iguaçu constrangidos.
A van que transportou os ministros pertencia a uma empresa chamada Tucano's Tur.
Condição. Em sua passagem por Belo Horizonte, Ciro
Gomes avisou ao governador
Aécio Neves e ao prefeito Fernando Pimentel: só endossa a
aliança tucano-petista se o
candidato for seu ex-assessor
Márcio Lacerda (PSB), hoje
secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.
Escravos de Jó. Lacerda é
o nome defendido por Aécio e
Pimentel, mas os ministros
petistas Patrus Ananias e Luiz
Dulci tentam substituí-lo pela
também pessebista Ana Lúcia
Gazolla, ex-reitora da UFMG.
Deu pra ti. Geraldo Alckmin viaja para o Rio Grande
do Sul no domingo. Vai recarregar as baterias no Estado
que lhe deu votação expressiva contra Lula em 2006. Ontem, ele visitou o presidente
do PSDB paulistano, José
Henrique Reis Lobo, que se
recupera de crise de estresse
no Hospital Sírio Libanês.
Voz das ruas. As manifestações que o grupo pró-Alckmin do PSDB está organizando para o dia 27 têm como objetivo neutralizar o discurso
de que o ex-governador se
empenha para ser candidato a
prefeito apenas por interesse
próprio. A idéia é mobilizar a
base do partido na capital.
Por fora. Emissários do
DEM planejam entrar com
tudo na disputa que tucanos e
petistas travam para ter Orestes Quércia em uma chapa para a disputa pela prefeitura
paulistana. Uma das propostas é oferecer ao PMDB espaços na reta final da administração de Gilberto Kassab a
Alda Marco Antonio.
Ver para crer. O "dia D"
para medir o apetite da oposição pela CPI dos Cartões será
a próxima quarta-feira. Na votação dos primeiros requerimentos ficará claro se haverá
algum empenho de tucanos e
"demos" para ter acesso às informações sigilosas da Presidência, as únicas que podem
produzir algum calor.
Mistério. Uma das maiores
dificuldades da CPI das ONGs
é obter da Petrobras a lista de
entidades que têm convênios
com a estatal. O requerimento
permanece sem resposta desde o ano passado. O ministro
Edison Lobão (Minas e Energia) foi acionado para ajudar a
pressionar a empresa para
que forneça a informação.
Tiroteio
"O que é bom para o José Dirceu é muito ruim
para o Brasil."
Do deputado federal ANTONIO CARLOS MENDES THAME, presidente
do PSDB paulista, sobre a frase do ex-ministro José Dirceu de que "o
que é ruim para o Serra, é bom para nós", dita em sua festa de aniversário em Brasília, na última terça-feira.
Contraponto
Pura matéria
Em recente visita à Câmara para discutir a crise em
torno do alegado excesso de medidas provisórias, o ministro Gilmar Mendes, que em breve assumirá a presidência
do Supremo Tribunal Federal, apontava a falta de fidelidade das bases parlamentares para com o Executivo como
um dos fatores que estimulam a edição de MPs:
-Muitas vezes, o apoio da base aliada ao governo é
meio espiritual-, filosofou Mendes.
Ao ouvir o diagnóstico do ministro, Humberto Souto
(PPS-MG) achou por bem discordar:
-Não, eu diria que muitas vezes é o oposto: trata-se de
um apoio excessivamente material...
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