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Disputa pelo Senado opõe base aliada
Em 18 dos 26 Estados mais o DF, há ao
menos três candidatos para duas vagas
Na oposição, a concorrência
interna pela Casa não é tão
grande, principalmente pelo
fato de José Serra ter uma
base de sustentação menor
MARIA CLARA CABRAL
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Partidos aliados em âmbito
nacional em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disputarão entre si vagas para o Senado. Em
18 dos 26 Estados mais o Distrito Federal, a base aliada tem, no
mínimo, três pré-candidatos
brigando pelas duas vagas que
estarão em jogo em outubro.
Há também casos de disputas no mesmo partido. Em Mato Grosso, Maranhão, Bahia e
Rio, nomes do PT, por exemplo,
têm de concorrer entre si, além
de disputar com candidatos
que também apoiarão Dilma.
Benedita da Silva (PT) e
Lindberg Farias (PT) querem
uma das duas vagas do Senado
pelo Rio, mas Marcelo Crivella
(PR), Jorge Picciani (PMDB) e
Pastor Manuel Ferreira (PR),
todos da base aliada, também.
Em Pernambuco, a disputa
está limitada aos petistas. "Ataques mútuos na campanha representam uma temeridade.
Quem perde nunca sai comprometido com quem ganha", disse o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE).
Em seu Estado, o ex-prefeito
do Recife João Paulo e o ex-ministro da Saúde Humberto
Costa são pré-candidatos.
A orientação da Executiva
Nacional do PT é fazer prévias
para definir o candidato oficial
apenas como última opção.
Em São Paulo, Marta Suplicy
deve ser a candidata ao Senado.
O atual ocupante da vaga, Aloizio Mercadante, vai disputar o
governo de São Paulo.
Entre os partidos que devem
apoiar o candidato tucano José
Serra, as disputas internas são
menores, principalmente pelo
fato de o governador ter um leque de sustentação menor.
Um dos poucos exemplos é o
Paraná, onde os tucanos Flávio
Arns e Gustavo Fruet disputam
entre si e com Abelardo Lupion, do DEM. Na Bahia, Antônio Imbassay e Nilo Coelho, do
PSDB, são concorrentes e ao
mesmo tempo precisam ficar
de olho no DEM (ACM Junior,
José Carlos Aleluia e José Ronaldo são pré-candidatos).
As disputas devem ter reflexo
no Congresso para ambos os lados, além do constrangimento
nos palanques. As candidaturas
ainda podem mudar até junho,
data das convenções.
Para o governo, uma crise na
base pode ser fatal no Senado.
Além dos projetos do pré-sal,
há medidas provisórias de extrema importância na pauta.
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