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Superávit alcança meta do trimestre
da Sucursal de Brasília
O controle das despesas da
União e a manutenção de resultados fiscais positivos por parte de
Estados e municípios fizeram
com que o setor público atingisse
em fevereiro a meta de superávit
primário (economia de receitas
para pagamento de juros) fixada
para o primeiro trimestre do ano.
Os superávits acumulados de
janeiro e fevereiro já somam R$
7,92 bilhões. Com isso, o resultado acumulado até agora supera
em R$ 680 milhões a meta de R$
7,24 bilhões negociada com o FMI
(Fundo Monetário Internacional)
para o primeiro trimestre.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, disse que o superávit
primário do setor público em fevereiro (R$ 3,8 bilhões) foi um recorde para este mês.
Segundo Lopes, um dos fatores
que influenciou os resultados foi a
não aprovação do Orçamento
deste ano no final de 1999. Sem o
Orçamento aprovado, o governo
fica obrigado a obedecer a um limite de gastos mensal -com
custeio e investimentos- equivalente ao total previsto para o
ano dividido por 12.
Os Estados e os municípios continuaram a apresentar bons resultados, sendo que as empresas estatais estaduais conseguiram economizar R$ 426 milhões, um resultado quase quatro vezes maior
que o de janeiro.
Em janeiro, os Estados e os municípios já haviam apresentado
um resultado positivo de R$ 2,3
bilhões. Esse resultado foi obtido
porque o pagamento do 13º dos
servidores públicos foi feito ainda
em dezembro de 99, o que não vinha ocorrendo nos últimos anos.
Com base nesses resultados, Lopes acredita que as eleições não
deverão afetar muito a conta de
despesas este ano. ""Os Estados e
os municípios têm compromissos
vinculados à renegociação de suas
dívidas com a União", disse.
Ainda no governo, as contas do
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) apresentaram um déficit de apenas R$ 578 milhões em
fevereiro, o menor desde junho de
99. Naquele mês, a Previdência teve um déficit de R$ 333 milhões
porque recebeu um pagamento
extraordinário de dívidas.
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