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OPERAÇÃO ANACONDA
Promotor apresenta nova denúncia
Agente é acusado de falsificação para tirar falsificador da cadeia
DA REPORTAGEM LOCAL
O agente da Polícia Federal César Herman Rodriguez foi denunciado à Justiça sob a acusação de
ter cometido mais três crimes:
fraude processual, falsificação de
documento e falsidade ideológica.
Ele está preso em São Paulo desde
novembro pela Operação Anaconda. Integraria uma quadrilha
de venda de sentenças judiciais.
Na nova denúncia ele é acusado
de ter forjado um contrato de locação de imóvel para relaxar a prisão em flagrante de Paulo César
Oliveira, preso pela PF por liderar
uma quadrilha de falsificação de
passaportes. O documento falso
era vendido a US$ 10 mil.
A estratégia de Herman para liberar o suposto falsificador foi
captada por uma gravação feita
pela Anaconda em 21 de novembro de 2002. O agente discute como relaxar a prisão em flagrante.
O problema era que Oliveira não
tinha residência fixa, e a Justiça de
Guarulhos não aceitava liberá-lo
da prisão sem essa comprovação.
A tia de um amigo de Herman é
convencida a aparecer como locatária de um imóvel para Oliveira.
Ao menos no papel, ele passaria a
ter um endereço fixo.
Com o contrato em mãos, a advogada Maria Marra Guimil, tenta liberar o preso, mas é impedida
de entrar na carceragem da PF.
Herman decide então falsificar a
assinatura de Oliveira, segundo o
procurador Matheus Magnani,
que ofereceu a denúncia. Com o
documento forjado, a advogada
consegue libertar Oliveira no dia
27 de novembro.
A Folha tentou falar, sem sucesso, com os advogados de Herman. Também não localizou Guimil e o defensor de Oliveira.
(MARIO CESAR CARVALHO)
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