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Alckmin quer anúncio de candidatura ainda em abril
Kassab, ajudado pelo Palácio dos Bandeirantes, avança na negociação com o PMDB
No PT, Diretório Estadual
também pretende ter novo
encontro com Quércia, líder
do PMDB no Estado e que
sonha disputar o Senado
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Os três principais nomes da
disputa pela Prefeitura de São
Paulo planejam definir nos
próximos dez dias os acertos finais de suas candidaturas. Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) têm previsto
um último e definitivo encontro, e o PT corre para acertar
uma aliança que dê sustentação
à ministra Marta Suplicy.
Conforme o roteiro dos tucanos, o ex-governador Alckmin
deverá ser anunciado pré-candidato pela Executiva Municipal do partido antes do feriado
de 1º de Maio. Enquanto isso, o
prefeito Kassab, com a ajuda de
aliados do governador José
Serra (PSDB), avança na tentativa de obter apoio do PMDB.
Nesta semana, emissários do
prefeito tentarão convencer
Orestes Quércia, presidente estadual do PMDB, de que a
aliança com DEM dará ao ex-governador a garantia de que
Serra e Kassab o apoiarão no
sonho de concorrer a uma vaga
ao Senado em 2010 com o respaldo da aliança demo-tucana
que comanda o Estado.
Em contrapartida, Serra, nome cotado para a sucessão do
presidente Lula, "racharia" a
coalização do petista em 2010,
já que os peemedebistas fazem
parte do atual governo federal.
Os interlocutores de Quércia
no Palácio dos Bandeirantes
são o vice-governador Alberto
Goldman e o secretário Aloysio
Nunes Ferreira (Casa Civil) -o
primeiro, ex-secretário da gestão de Quércia (1987-1991), de
quem o último foi vice.
Uma coligação do PMDB
com Kassab, terceiro colocado
na mais recente pesquisa Datafolha de intenção de voto, praticamente dobraria o tempo de
televisão do DEM no horário
eleitoral gratuito, algo considerado fundamental para quem
está atrás na corrida e tem que
propagandear sua gestão.
A movimentação de Kassab
deverá pôr fim à aparente trégua dos últimos dias na aliança
PSDB-DEM, também à frente
da Prefeitura de São Paulo. O
entorno de Serra trabalha pela
manutenção da parceria. Por
isso, a tendência é que o terceiro e último encontro de Alckmin com o prefeito seja apenas
para selar um pacto de não-agressão na campanha.
Ainda conforme o roteiro de
Alckmin, em meados de maio
uma grande festa do PSDB,
com a presença de seus principais líderes nacionais, marcaria
o início da pré-campanha.
Segundo o Datafolha, o ex-governador está tecnicamente
empatado com Marta na liderança da corrida. A petista tem
29% das intenções de voto contra 28% de Alckmin -a margem de erro do levantamento é
de três pontos percentuais para
mais ou para menos.
PT
O petista Edinho Silva, presidente estadual da sigla, também pretende ter novo encontro com Quércia neste mês. O
problema do PT é convencer o
senador Aloizio Mercadante a
aceitar dividir a chapa para o
Senado em 2010 com o ex-governador do PMDB.
No PT, há quem afirme que,
sem uma aliança forte, Marta
poderá desistir do concorrer.
PSDB e DEM deverão ter
cerca de três minutos cada um
nos blocos do horário eleitoral
gratuito de televisão, previsto
para começar em agosto.
A estimativa é que o PT tenha
quase um minuto a mais.
Segundo a legislação eleitoral, dois terços do horário no
rádio e na TV (dois blocos de 25
minutos às segundas, quartas e
sextas) serão distribuídos proporcionalmente ao número de
deputados federais eleitos na
última eleição, em 2006.
O PMDB elegeu 89 deputados e terá quase cinco minutos.
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