São Paulo, terça, 21 de abril de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

REPERCUSSÃO

Edward Amadeo, 41, ministro do Trabalho - "O ministro Sérgio Motta deixa imenso vazio na vida política brasileira e uma lacuna ainda maior no seu vasto círculo de amizades. No campo profissional será lembrado por sua incansável dedicação ao trabalho e seu grande sentido de serviço público".

Renato Navarro Guerreiro, 49, presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) - "A generosidade era uma das características mais fortes da personalidade do grande Serjão. Poucos brasileiros amaram seu país e seu povo com a irracionalidade de Serjão. Ele não conseguiu pensar pequeno. Todos os seus sonhos, a maioria com fortes doses de utopia, eram grandiosos".

Jaime Lerner, 60, governador do Paraná (PFL) - "Tínhamos divergências, mas ele foi um grande brasileiro e um importante homem público que estava ajudando o presidente Fernando Henrique a construir um país que todos nós almejamos. Lamento profundamente a sua morte".

Atilano de Oms Sobrinho, 47, presidente do grupo Inepar S/A, principal empresa do consórcio que venceu a concorrência para explorar a banda B no Paraná e em Santa Catarina - "Um homem vital nas transformações, indispensável para a implementação do programa de privatização do governo Fernando Henrique. Foi muito incompreendido, mas os interesses do Brasil ficaram assegurados".

Rubens Pavan, 47, presidente da Sercomtel S/A Telecomunicações, de Londrina (PR) - "O Brasil perdeu o homem que revolucionou as telecomunicações brasileiras e foi o timoneiro do processo de abertura do setor".

Paulo Afonso Vieira, 39, governador de Santa Catarina (PMDB) - "Para o presidente, não é só a perda de um amigo, é a perda de um dos maiores articuladores políticos do governo. Era uma peça fundamental".

Miguel Arraes, 81, governador de Pernambuco (PSB) - "É uma grande perda para o país, pela capacidade administrativa e política do ministro Sérgio Motta. Eu o conhecia havia muitos anos e tinha uma ligação pessoal de amizade com ele e com auxiliares dele, que conheci no exílio. É uma perda grande que me afeta pessoalmente também, por causa da forte ligação que nós tínhamos".

Vicente Paulo da Silva, 42, presidente da Central Única dos Trabalhadores - "Lamentamos. Era uma pessoa que tinha um jeito direto de dizer as coisas, às vezes exagerava, mas eu o respeitava. Apesar das divergências, tivemos uma relação cordial nas vezes em que nos encontramos, como na última greve dos Correios. Era ministro deste governo e cumpria fielmente a política do governo -que para mim é desastrosa".

José Botafogo Gonçalves, 63, ministro da Indústria e Comércio - "Nas funções de ministro das Comunicações, Sérgio Motta empregou a mesma energia positiva para ajudar a dar forma concreta a um projeto de país livre e progressista em que acreditava e por que lutou durante toda a sua vida".



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.