São Paulo, terça, 21 de abril de 1998

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REPERCUSSÃO

Roberto Campos, 81, deputado federal (PPB-RJ) - "Era uma personalidade vigorosa, cujo principal mérito foi enfrentar o corporativismo e levar a cabo a privatização das telecomunicações. Em matéria de privatizações, é a maior realização do governo Fernando Henrique Cardoso, mantido o calendário previsto. Foi uma contribuição importante para a modernização do Brasil".

Chicão Brígido, 40, deputado (PMDB-AC), acusado de envolvimento no escândalo da compra de votos - "Sérgio Motta era um democrata valoroso.Trabalhava com muita determinação. Era de uma visão progressista e sempre pensava no futuro e na democracia do país. Ficamos na torcida para que ele esteja lá em cima no céu ao lado de Deus".

Marco Maciel, 57, vice-presidente da República - "Personalidade estoante sempre pronta a servir e doar até a vida como fez em prol de uma causa: o Brasil e seu progresso entendido como construção de um país democrático e socialmente justo. Ele não temeu a morte e, semelhante à lição dos gregos, parecia não lhe interessar o quanto vivemos, mas sim como vivemos".

Almir Gabriel, 62, governador do Pará - "Era uma grande e respeitável voz. Um guerreiro incansável. Sua morte é uma perda para o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, para o PSDB e para toda a sociedade brasileira".

Paulo Paiva, 57, ministro do Planejamento - "Eu o conhecia desde o tempo em que eu era estudante. Nós tínhamos uma relação próxima do ponto de vista afetivo. Era uma pessoa leal e solidária. Sentiremos uma perda profunda no governo e, certamente, do ponto de vista político. A presença do ministro Sérgio Motta era a garantia do desenvolvimento desse processo (de privatização das telecomunicações)".

Eduardo Azeredo, 39, governador de Minas Gerais - "Além de meu companheiro de partido, (Sérgio Motta) sempre teve uma demonstração muito forte de coragem. Fará muita falta agora no governo Fernando Henrique. Ele é de difícil substituição. A falta dele na campanha do presidente vai ser muito sentida, mas tem de se buscar outras alternativas".

José Roberto Arruda, 44, líder do governo no Congresso (PSDB/SP) - "A morte de Motta é uma perda irreparável para o país e em especial para o PSDB. Ele era o ministro mais partidário dentro do governo Fernando Henrique. Era o principal idealista da social democracia no Brasil. As vitórias no Congresso contaram com sua colaboração".

Marcello Alencar, 72, governador do Rio de Janeiro (PSDB) - "Sérgio Motta fará múltipla falta: a Fernando Henrique, como amigo leal de todas as horas, ao governo brasileiro, pela exemplar competência e honestidade, e ao PSDB, como militante fiel, sempre nas posições de vanguarda na defesa dos postulados da social-democracia".

João Paulo dos Reis Velloso, 66, ex-ministro do Planejamento - "Ele desempenhou um papel-chave no momento em que se tornou necessário mudar o modelo das telecomunicações. Estava conduzindo o processo de privatização do setor dentro de uma orientação clara e transparente, dentro das necessidades de modernização da economia".



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