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Tucano estoca Alckmin, e presidente endossa
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao lado do presidente Lula
no palco, o governador de São
Paulo, José Serra (PSDB), fez
ontem, em Santos, uma crítica
indireta ao colega Geraldo
Alckmin, pré-candidato tucano
à Prefeitura de São Paulo.
Serra, de quem o prefeito Gilberto Kassab (DEM) era vice,
discursou antes de Lula e elencou uma série de obras feitas
em parceria entre os governos
federal e estadual.
No fim do pronunciamento,
o governador citou uma obra de
saneamento básico na baixada
santista, não incluída no PAC,
mas feita com financiamento
japonês. Segundo ele, o percentual de esgoto tratado subirá de
53% para 95% na região.
Aplaudido, Serra emendou:
"Só para que vocês tenham
uma idéia. Coube a mim, no governo do Estado, começar a
execução do projeto. Você sabe
quando começou? No governo
Mario Covas. Até agora não tinha se começado a cavar um
metro de terra para fazer esse
projeto. São mais de dez anos
para que se pudesse começar".
Nesse período, além do próprio Covas (1930-2001), citado
por Serra, Alckmin também foi
governador de São Paulo.
Lula discursou logo após o
governador. Quando justificava
as viagens pelo país para que
pudesse acompanhar e cobrar o
andamento das obras do PAC, o
presidente retomou a história
de Serra. "Eu faço isso [viajar]
por causa do que o governador
falou. Uma obra que começou
dez anos atrás, somente agora é
que ele está conseguindo dar
ordem de serviço para esta
obra", disse o presidente.
Segundo Lula, "para mudar
isso é preciso estabelecer uma
relação harmônica entre o governo do Estado, o governo federal, os prefeitos e as entidades da sociedade civil para a
gente perceber se a gente pode
ou não agilizar".
Segundo turno
Segundo a Folha apurou
com petistas que participaram
dos eventos de ontem, a estratégia por trás dos elogios a Serra e a Kassab seria enfraquecer
Alckmin, já que, segundo a
mais recente pesquisa Datafolha, o tucano seria um adversário mais difícil para Marta Suplicy (PT) em um eventual segundo turno.
(FM e JAB)
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