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PRESIDENTE 40/ELEIÇÕES 2010
Após queixa de Serra, TV Brasil cria manual
Entre regras para cobertura está a proibição de reportagens sobre vida pessoal dos candidatos; funcionários não poderão usar botons
Presidente da EBC telefonou
para a assessoria do tucano para comunicar decisão de adotar normas de atuação para os profissionais da rede
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A EBC (Empresa Brasileira
de Comunicação) adotará, a
partir da semana que vem, um
manual para a cobertura das
eleições. Além da TV Brasil, a
agência Brasil e oito emissoras
de rádio serão subordinadas à
resolução, que prevê sanção em
caso de descumprimento.
Elaborada pelo Conselho Curador da EBC, a resolução não
estabelece apenas regras para a
cobertura, como a exigência de
tratamento isonômico e vedação de reportagens sobre a vida
pessoal dos candidatos. Incluirá também normas de conduta,
como a proibição de uso de botons ou outras manifestação de
preferência eleitoral.
A resolução proíbe a veiculação de reportagens sem identificação da fonte da informação,
o "off", e fixa ainda regras para
divulgação de pesquisa, priorizando os maiores institutos.
Ontem, a presidente da EBC,
Teresa Cruvinel, telefonou para a assessoria do candidato do
PSDB à Presidência, José Serra, para informá-la sobre a resolução e negar a possibilidade
de uso político da TV pública.
Na véspera, durante entrevista do candidato, um jornalista da EBC atribuiu a fontes a informação de que Serra extinguiria o Bolsa Família.
"Tomei a iniciativa de ligar
para tratar do incidente. Informei que, nas próximas horas,
será divulgada a resolução do
conselho", disse Teresa, acrescentando que o documento
prevê uma conduta apartidária
na cobertura da eleição.
PP
Ontem, Serra foi a Porto Alegre para atuar como fiador da
aliança do PP com o PSDB no
Rio Grande do Sul.
O tucano também intensificou o assédio ao PMDB gaúcho,
dois dias depois de a Executiva
Nacional da legenda referendar
Michel Temer para vice da petista Dilma Rousseff.
A investida de Serra sobre as
duas siglas, que integram a base
lulista, visa angariar o apoio de
máquinas partidárias que controlam 292 das 496 prefeituras
do Rio Grande do Sul.
No caso do PP, a formalização da parceria no Estado favorece a aliança nacional, o que
garantiria a Serra mais um minuto e meio de tempo de propaganda de TV e rádio.
Em reunião com a presença
de Serra, os tucanos ofereceram ao PP a vaga de vice na chapa da governadora Yeda Crusius (PSDB), uma vaga no Senado e ainda a coligação na chapa
para deputado federal.
O PSDB nacional enquadrou
a seção local, que resistia à
aliança proporcional.
Colaborou GRACILIANO ROCHA, da Agência Folha em Porto Alegre
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