São Paulo, sexta-feira, 21 de maio de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Voando alto demais?

"Brasil cresce perto de 10% no primeiro trimestre", noticiou o "China Daily", ontem.

 


Sob os enunciados "Economia brasileira em boom" e "Voando alto demais para ser seguro", a nova edição da "Economist" diz que "a explosão de crescimento em nível chinês não pode ser mantida, mas é um sinal da força recém-descoberta pelo Brasil -e chega bem a tempo para a eleição". Cita os cortes anunciados, ouve Nelson Barbosa, da Fazenda, mas cobra mais cortes e infraestrutura. Fecha dizendo que isso deve ficar para o próximo -e "o início quente no ano eleitoral elevou a chance de ser a candidata de Lula".
Sob o título "Quanto é quente demais no Brasil?", o "Financial Times" anota que "superaquecimento" é "a palavra que domina as conversas", mas ressalta o outro lado, ouvindo um economista do Itaú. Ele avalia que "a ameaça de superaquecimento não vai pegar até que o crescimento supere Índia e China". Até 9%, Ok, mas 10%, "aí então", quente demais.

PELO BRASIL

economist.com


Com a foto ao lado e a legenda "Amando a odiosa concorrência", a "Economist" traz também a reportagem "Portugal Telecom e espanhola Telefónica brigam pelo Brasil", sobre a disputa da Vivo pelas duas teles

DILMA & TEMER LÁ
A Bloomberg noticiou relatório da consultoria de "risco político" Eurasia Group, prevendo que "Dilma Rousseff é a provável próxima presidente do Brasil". Assinado pelo chefe de América Latina do grupo americano, Christopher Garman, diz que "o fator mais importante nesta eleição, que é muitas vezes pouco valorizado pelos formadores de opinião, é o simples desejo do eleitor por continuidade". E que "a tentativa de José Serra de se apresentar como continuidade é difícil de vender".
Enquanto isso, Michel Temer estava ontem no Council of the Americas, em NY, para "inaugurar a campanha pós-indicação a vice de Dilma em grande estilo", no dizer do iG: "Anunciou a proposta de poupança complementar para crianças no Bolsa Família".

ERDOGAN VEM AÍ
Nas agências, "os líderes dos dois membros do Conselho de Segurança que resistem às sanções, Turquia e Brasil, vão se reunir na semana que vem". O primeiro-ministro Tayyip Erdogan chega na quarta.
Ontem na manchete on-line do "Hurriyet", "Turquia não cede a ceticismo sobre acordo". O jornal turco relata que Erdogan recebeu telefonemas de Barack Obama e do russo Vladimir Putin.
Este "afirmou que os esforços da Turquia trouxeram oportunidades adicionais que serão levadas em conta pela Rússia". Em coluna, o "Hurriyet" defendeu o acordo e sublinhou que turcos e brasileiros não se sentem enganados pelo Irã, mas por Obama, que deu apoio às conversas e depois negou.

"GET USED TO IT"

ft.com


Philip Stephens, colunista do "FT", publica hoje "Potências em ascensão não querem jogar pelas regras do Ocidente", em defesa de Brasil e Turquia. Lembra que os EUA fizeram há pouco uma projeção de inteligência em que "o Brasil atua como mediador durante crise no Oriente Médio" e encerra: "Imaginar não é o mesmo que aceitar, mas, se quiser ordem, o Ocidente tem que se acostumar"

AS TRAVES
Roger Cohen, colunista de política externa do "New York Times", sob o título "América muda as traves de lugar", também critica a atitude de Washington em relação ao Brasil e à Turquia. Os dois "responderam ao chamado de Barack Obama por uma nova era de responsabilidades compartilhadas _e foram esnobados". Avalia que os EUA não conseguem mais "impor soluções" às crises globais e que sua reação ao acordo em Teerã "não fez nenhum sentido".

"17 DE MAIO"
Em editorial, o francês "Le Monde" destaca a tomada do palco pelo "Sul emergente", representado por Turquia e Brasil, e afirma que, depois de atuar decisivamente nos temas ambiental e comercial, "esta semana marca uma nova etapa, um precedente capital para o poder crescente desses países". O jornal chega a publicar que "os livros de história vão guardar esta data, segunda-feira, 17 de maio, quando o Brasil e a Turquia propuseram à ONU o acordo negociado com Teerã".



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