São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 2005
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Valdemar mostra dossiê e diz que ex-mulher quer 5 minutos de fama
CHICO DE GOIS ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA O deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, reuniu a imprensa para apresentar um dossiê contra sua ex-mulher, a publicitária Maria Cristina Mendes Caldeira, que o acusou, entre outros, de uso indevido de verbas do fundo partidário para a compra de bens particulares. Segundo o deputado, ela "quer cinco minutos de fama". Na coletiva, ele aproveitou para elogiar o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o secretário-geral do partido, Silvio Pereira, acusados pelo presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), de participar do suposto "mensalão". Valdemar disse que os móveis e utensílios comprados por ele para a residência oficial do partido, onde vive, foram adquiridos com doações de parlamentares e são patrimônio da sigla. Ainda segundo o presidente do PL, cada um dos 53 deputados e quatro senadores do partido doa à legenda R$ 1.200 por mês. Do dossiê, constam cópias dos processos movidos por ele contra sua ex-mulher por apropriação indébita e crime contra a honra. Entre os papéis também constam outros processos de despejo em que a publicitária esteve envolvida e, sob o título "extorsão", cópia de um e-mail que teria sido enviado pela advogada de Maria Cristina à advogada de Valdemar, no qual apresenta uma proposta de acordo de R$ 900 mil, "objetivando pôr fim a todos os processos" entre eles. Não fica clara, no entanto, a tentativa de extorsão. Valdemar confirmou a amizade com Delúbio e disse que sua ex-mulher nunca participou de reunião com dirigentes petistas. Embora esteja processando Jefferson, que o acusou de receber o "mensalão", Valdemar diz não achar que o processo vá dar em algo. "Ele tem imunidade e, quando for cassado, vai parar de falar." Taiwan O senador Aelton Freitas (PL-MG) disse ontem à Folha que realmente esteve em Taiwan com Valdemar Costa Neto e Maria Christina, mas que não viu ou ouviu nenhuma conversa sobre doação de dinheiro do governo daquele país para a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. A suposta doação foi relatada pela ex-mulher de Costa Neto em entrevista ao programa "Fantástico". Freitas, que é um dos integrantes da CPI dos Correios, disse que não fala inglês, e que, talvez por isso, não tenha entendido o que foi discutido. "Pode ser que tenham falado e eu não percebi", afirmou ele, acrescentando, no entanto, que nunca ouviu falar sobre essa doação. "Eu não tenho conhecimento." Texto Anterior: Deputado diz que "mensalão" é idéia importada do Rio Próximo Texto: Conselho ouve hoje citados por Jefferson Índice |
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