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Painel
Renata Lo Prete
painel@uol.com.br
PMDB no guichê
Deputados e senadores do PMDB foram tranqüilizados ontem pela cúpula governista: é iminente a nomeação de Paulo Lustosa para ministro da Saúde. As
duas bancadas fecharam em torno do atual diretor da
Funasa e aumentaram a pressão sobre Lula, que teria
prometido liquidar a fatura ainda nesta semana. Enquanto esperam, os peemedebistas evitam dizer se
irão à convenção do PT no sábado e desconversam sobre o lançamento do Movimento Pró-Lula.
Para o lugar de Lustosa na Funasa, posto estratégico
no mapa da fisiologia, o PMDB apresentou o nome do
atual secretário-executivo, Danilo Forte. A dupla indicação inaugura a era da porteira fechada, que o partido quer fazer vigorar no eventual segundo mandato.
Contramão. Relatório do
Credit Suisse aposta que haverá segundo turno entre Lula e Alckmin. Segundo a análise do banco, o tucano pode
"crescer significativamente
quando se tornar mais conhecido, o que reforça a importância da propaganda de TV".
Ausente. Alckmin não apareceu nem foi citado no programa do PFL baiano, onde
pontifica seu padrinho Antonio Carlos Magalhães. No ar, o
senador lembrou ter sido chamado por Lula para discutir o
Fundo de Combate à Pobreza.
E o governador-candidato
Paulo Souto surgiu ao lado do
presidente em inauguração.
Presente. Luiz Antonio
Carreira, um dos deputados
pefelistas mais próximos a
ACM, estava no palanque de
Lula em Santo Estevão (BA).
Deu chabu. O ex-prefeito
de Aracaju Marcelo Déda está
furioso com a direção do PT
por ter marcado a convenção
nacional para sábado, dia de
São João, principal festa nordestina e tradicional vitrine
de políticos em campanha.
"Isso é coisa de paulista."
Fazer o quê? Chamada
por Lula em evento em Santo
Amaro da Purificação, dona
Canô Veloso, mãe de Caetano,
disse baixinho: "Um grande líder está me chamando, e eu
tenho que ir. Quer se queira,
quer não, é um grande líder".
Saída honrosa. Roberto
Freire, que decidiu não disputar a reeleição à Câmara, será
o primeiro suplente de Jarbas
Vasconcelos ao Senado.
Virada. PMDB e PSDB esperam que o ex-ministro do
Supremo Maurício Corrêa
anuncie hoje a desistência de
disputar o governo do DF. A
partir daí, as duas siglas podem se unir em torno da governadora tucana Maria de
Lourdes Abadia ou apoiar José Roberto Arruda (PFL).
Menos um. O PT abriu
mão de candidatura própria
na Paraíba, onde vai integrar a
aliança em torno de José Maranhão (PMDB). Em troca, o
partido entregou ao senador
uma lista com nove nomes para ocupar a vaga de vice.
Pássaro na mão. A oposição achava que venceria por
um voto se optasse por derrotar o relatório de Garibaldi Alves (PMDB-RN) e aprovar o
de Álvaro Dias (PSDB-PR),
mais duro, na CPI dos Bingos.
Mas Tião Viana (PT-AC)
ameaçava pedir vistas, e em
alguns dias tudo podia mudar.
Balcão. Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) apareceu para votar o relatório da CPI
porque o governador Ottomar
Pinto (PSDB) fará coligação
com ele e dará estrutura para
sua campanha ao Senado.
Visita à Folha. O general
Francisco Roberto de Albuquerque, comandante do
Exército, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do
general Luiz Edmundo Maia
de Carvalho, comandante militar do Sudeste, do general de
divisão Antônio Gabriel Esper, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército,
do coronel Vicente de Magalhães, assistente do comandante do Exército, e do coronel Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, chefe da seção de
Informações Públicas do
Centro de Comunicação Social do Exército.
Tiroteio
"Primeiro Lula inaugurou obras inacabadas.
Agora vai vistoriá-las. O próximo passo será
promover eventos em que o presidente
"desejará" o surgimento de uma obra."
Do deputado FERNANDO GABEIRA (PV-RJ), comentando declaração do
ministro Tarso Genro, segundo quem Lula, proibido de inaugurar obras
durante a campanha eleitoral, passará a fazer "vistorias".
Contraponto
Ponto de vista
Em 2001, à frente do Superior Tribunal de Justiça,
Paulo Costa Leite foi a uma cerimônia no TJ de Tocantins. Sentou-se entre o presidente do tribunal e o então
governador, Siqueira Campos. Em longo discurso, o presidente do TJ exaltou seguidas vezes os "dois maiores estadistas brasileiros". Intrigado, o ministro já ia quase perguntando quem foram eles quando o orador esclareceu:
-Um foi JK.
Depois de uma pausa, ele concluiu:
-O outro está aqui ao meu lado: Siqueira Campos! -
Costa Leite conteve o riso, mas não o comentário:
-Menos, menos, desembargador.
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