São Paulo, sábado, 21 de junho de 2008

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PT aproveita brechas na legislação para promover candidatura de Marta na TV

RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO

O PT se aproveitou nos últimos 15 dias de brechas na legislação para promover fortemente a pré-candidatura de Marta Suplicy em São Paulo.
Terminou ontem o período de inserções televisivas a que o partido tinha direito. Foram exibidos, 22 vezes, cinco comerciais de 30 segundos com o slogan "nova atitude" e com Marta como estrela.
Em um deles, eram mostrados engarrafamentos, motoristas estressados, e a afirmação do locutor de que "São Paulo vai parar um dia". Então, Marta aparece: "Não podemos deixar que isso aconteça. São Paulo precisa de uma nova atitude, no trânsito e no transporte".
A lei veda "a divulgação de propaganda de candidatos" nesses programas. Quase todos, entretanto, recorrem à propaganda implícita, em que não é citada a candidatura, mas cuja estrela é o futuro candidato. "Não fizemos nada mais do que o Kassab e o Alckmin fizeram", disse o presidente municipal do partido, José Américo.
Em outubro do ano passado, a Justiça cassou parte do tempo de TV do DEM, que focava em Gilberto Kassab, sob o argumento de que as propagandas fortaleciam uma "já cogitada publicamente candidatura". A partir de segunda-feira vão ao ar as propagandas partidárias do PSDB de Geraldo Alckmin.
Além da TV, Marta percorreu mais de dez bairros da periferia. Em todos, o clima foi de campanha, embora ela não tenha pedido votos.
Dois ministros já participaram de seminários ao lado de Marta -Dilma Rousseff (Casa Civil) e Fernando Haddad (Educação), que ontem chamou a petista de prefeita.
Em sua fala, Marta rebateu acusações. "As famigeradas escolas de lata, herdamos do governo Pitta, do qual o senhor Kassab foi peça fundamental como secretário de Planejamento. Escolas de lata que o então governador Geraldo Alckmin inexplicável e injustificadamente reproduziu".
Marta deve receber o apoio do bloquinho, mas ontem o presidente do PSB municipal, Eliseu Gabriel, ameaçou lançar uma candidatura própria. O PSB quer saber quais áreas comandará em caso de vitória. Além disso, pressiona o PT a retirar a candidatura em Manaus.


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