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Candidatos prevêem gastos de R$ 19,7 bi
Eleição terá 18.859 candidatos, que declararam o custo máximo de suas campanhas à Justiça Eleitoral
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Se todos os candidatos gastarem o valor máximo que declararam à Justiça Eleitoral, as
campanhas deste ano irão custar R$ 19,793 bilhões, e, ao final
das eleições, cada um dos inscritos para a disputa prestarão
contas de uma despesa de R$
1,049 milhão, na média.
O TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) divulgou ontem a soma do limite de gastos declarados por todos os 18.859 candidatos aos cargos de presidente
da República, governador, senador e deputado federal, estadual e distrital.
Em seis Estados, a soma dos
limites de gastos de cada campanha supera R$ 1 bilhão: São
Paulo (R$ 4,768 bilhões), Rio de
Janeiro (R$ 2,700 bilhões),
Amazonas (R$ 1,226 bilhão),
Minas Gerais (R$ 1,126 bilhão),
Mato Grosso (R$ 1,123 bilhão) e
Paraná (R$ 1,047 bilhão).
Entre esses Estados, o valor
médio do teto de campanha é
maior em Mato Grosso (R$
3,861 milhões) e Amazonas (R$
2,738 milhões).
No outro extremo, há três
Estados onde esse total é menor que R$ 100 milhões: Acre
(R$ 70,416 milhões), Amapá
(R$ 73,051 milhões) e Sergipe
(R$ 97,650 milhões).
Os R$ 19,793 bilhões da despesa máxima nacional equivale
ao desembolso do governo federal com o sistema de saúde
em um semestre. O valor é muito superior aos R$ 881 milhões
estimados com o financiamento público de campanha.
O TSE não dispõe de dados
das eleições passadas para
comparação. Ao pedir o registro de suas candidaturas, cada
partido declara o teto de cada
campanha. Eles não podem ultrapassá-lo, mas a arrecadação
pode ser bem menor.
O presidente do tribunal, ministro Marco Aurélio de Mello,
considerou "estarrecedora" a
cifra obtida. Já o corregedor-geral das eleições e ministro do
TSE Cesar Asfor Rocha disse
que o valor é superior aos de
outras eleições. Para Rocha, o
meio político está preocupado
em fazer previsões mais realistas e evitar o caixa dois.
Dos 18.859 candidatos, oito
concorrem a presidente, 197 a
governador, 223 a senador,
5.314 a deputado federal e
13.117 a deputado estadual ou
distrital. O maior teto de campanha foi de R$ 800 milhões,
declarado por Kelson Jorge
Abrão, que disputa uma cadeira
de deputado estadual em Mato
Grosso pelo PV.
Em segundo lugar, estão dois
candidatos a deputado estadual
do Amazonas pelo PTN, Joel
Cavalcante de Oliveira e Francisco Lucieldo Lima, com R$
500 milhões cada um, mais que
os dois principais candidatos à
Presidência. Lula fixou o seu
teto em R$ 89 milhões, e Alckmin, em R$ 85 milhões.
Cinco candidatos a deputado
estadual, do Rio e do Tocantins,
e um a deputado federal declararam que não irão gastar nada.
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