da Reportagem Local

O novo formato da Folha, que teve a largura de sua área impressa reduzida em 2,54 cm, foi aprovado por 77% dos leitores paulistanos do jornal, segundo levantamento realizado pelo Datafolha.
Na opinião de 61% dos entrevistados, a Folha ficou mais fácil de ser manuseada depois da mudança, implementada no dia 6 de julho.
Dos 77% de leitores que aprovam a alteração, 30% afirmam que ela foi ótima e 47%, que ela foi boa.
A quantidade de informações presente no jornal permaneceu a mesma, segundo 84% dos leitores. Apenas 5% acreditam que houve redução no volume de informações.
O Datafolha ouviu 1.444 assinantes do jornal na Grande São Paulo entre 6 e 16 de julho.
Foram entrevistados assinantes que lêem o jornal pela manhã e que participam de uma série de consultas feitas diariamente pela Folha -pesquisa conhecida internamento como Datadia.
O jornal ficou mais organizado depois da mudança para 26% dos entrevistados. Outros 70% acreditam que a alteração não afetou esse aspecto. Somente 1% afirma que a Folha ficou menos organizada.
Segundo 43% dos leitores, o jornal ficou mais fácil de ler depois da redução de sua largura. Um percentual maior -53%- acredita que não houve alteração, enquanto 2% afirmam que o jornal ficou mais difícil de ler.
A mudança no formato da Folha foi notada por 84% dos leitores entrevistados. Outros 16% afirmam não ter percebido a alteração. A redução na largura é "muito visível" na opinião de 40% dos leitores e "um pouco visível" para 49%. Outros 9% acreditam que a alteração não é "nada visível".
A decisão de reduzir a largura do jornal foi tomada por 83 dos 96 jornais filiados à ANJ (Associação Nacional dos Jornais) que utilizam publicações no formato "standard" (o mesmo da Folha).
O principal objetivo da alteração é diminuir os custos das empresas jornalísticas com a compra de papel, que aumentaram depois da desvalorização do real em janeiro.
O papel representa de 15% a 20% dos custos operacionais dos jornais, e a produção nacional é insuficiente para abastecer as necessidades do mercado interno. Por isso, de 60% a 70% do papel consumido pela imprensa no Brasil tem de ser importado.
No total, 85% dos leitores da Folha ainda estão recebendo o jornal em seu tamanho antigo, apesar de a área impressa já ter sido reduzida. Isso ocorre pelo fato de a Folha ainda estar consumindo estoques de papel com o tamanho anterior.


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