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SUCESSÃO NO ESCURO
Para pefelista, "não seria mal insanável"
Pefelista admite coligação sem PMDB
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O presidente nacional do PFL,
senador Jorge Bornhausen (SC),
admitiu ontem em Recife a possibilidade de formação de uma coligação governista para 2002 sem a
participação do PMDB.
"Já nas duas últimas eleições
presidenciais não tivemos essa
participação", disse. "Evidentemente nós queremos o PMDB
agora, mas isso [não contar com o
partido" também não seria um
mal insanável", afirmou.
"Em 1994, o PMDB teve candidatura própria e só participou do
governo em 1995, com o presidente Fernando Henrique. Em
1998, não teve candidato nem
participou de nossa coligação.
Não utilizamos seu tempo no rádio e na TV", declarou.
Para o líder do PFL na Câmara,
deputado Inocêncio de Oliveira
(PE), a solução dos casos envolvendo o senador Jader Barbalho
(PMDB-PA) e o governador de
Minas, Itamar Franco (PMDB),
poderia facilitar a aliança. "Se fosse conosco [com o PFL", já teríamos resolvido os problemas."
Em Recife, onde participou com
outras lideranças do partido de
um seminário sobre educação,
Bornhausen voltou a defender a
realização de eleições primárias
ou de prévias entre os principais
partidos governistas para a definição de um candidato de consenso da situação.
A proposta também foi encampada pelo vice-presidente Marco
Maciel, que considerou "do século passado" a decisão tomada em
1999 pela Executiva do PFL de ter
candidato próprio nas eleições
presidenciais. "Muita coisa mudou de lá para cá", disse.
Apesar de admitir concessões
para a aliança, o encontro mostrou que o nome da governadora
do Maranhão, Roseana Sarney
(PFL) continua forte no partido
como pré-candidata à sucessão
do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Roseana é o nome
que está à disposição para disputar uma eleição primária", disse
Bornhausen. Segundo ele, "nas
pesquisas realizadas em torno de
nomes dos candidatos que
apóiam o governo, o que está em
melhor situação é o de Roseana
Sarney, e acho que vai continuar a
ser", declarou. Roseana não participou do encontro. Apenas mandou um representante.
Sobre a possibilidade de o ministro da Fazenda, Pedro Malan,
se candidatar ao cargo, disse:
"Malan é um nome que pode ser
perfeitamente examinado pelas
suas qualidades, mas, enquanto
ele não estiver inscrito em um
partido político, nós apenas desejamos que ele continue sendo um
bom ministro da Fazenda."
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