São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2001

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SUCESSÃO NO ESCURO

Para pefelista, "não seria mal insanável"

Pefelista admite coligação sem PMDB

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), admitiu ontem em Recife a possibilidade de formação de uma coligação governista para 2002 sem a participação do PMDB.
"Já nas duas últimas eleições presidenciais não tivemos essa participação", disse. "Evidentemente nós queremos o PMDB agora, mas isso [não contar com o partido" também não seria um mal insanável", afirmou.
"Em 1994, o PMDB teve candidatura própria e só participou do governo em 1995, com o presidente Fernando Henrique. Em 1998, não teve candidato nem participou de nossa coligação. Não utilizamos seu tempo no rádio e na TV", declarou.
Para o líder do PFL na Câmara, deputado Inocêncio de Oliveira (PE), a solução dos casos envolvendo o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o governador de Minas, Itamar Franco (PMDB), poderia facilitar a aliança. "Se fosse conosco [com o PFL", já teríamos resolvido os problemas."
Em Recife, onde participou com outras lideranças do partido de um seminário sobre educação, Bornhausen voltou a defender a realização de eleições primárias ou de prévias entre os principais partidos governistas para a definição de um candidato de consenso da situação.
A proposta também foi encampada pelo vice-presidente Marco Maciel, que considerou "do século passado" a decisão tomada em 1999 pela Executiva do PFL de ter candidato próprio nas eleições presidenciais. "Muita coisa mudou de lá para cá", disse.
Apesar de admitir concessões para a aliança, o encontro mostrou que o nome da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL) continua forte no partido como pré-candidata à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Roseana é o nome que está à disposição para disputar uma eleição primária", disse Bornhausen. Segundo ele, "nas pesquisas realizadas em torno de nomes dos candidatos que apóiam o governo, o que está em melhor situação é o de Roseana Sarney, e acho que vai continuar a ser", declarou. Roseana não participou do encontro. Apenas mandou um representante.
Sobre a possibilidade de o ministro da Fazenda, Pedro Malan, se candidatar ao cargo, disse: "Malan é um nome que pode ser perfeitamente examinado pelas suas qualidades, mas, enquanto ele não estiver inscrito em um partido político, nós apenas desejamos que ele continue sendo um bom ministro da Fazenda."



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