LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na estréia do programa eleitoral no rádio, o presidente Fernando Henrique Cardoso falou mais que o presidenciável do governo, José Serra, e foi elogiado por Lula, do PT.
Serra falou durante 47 segundos em seu programa e reservou 49 segundos a FHC.
No primeiro dia, os partidos demonstraram que escolheram o veículo para dar um tom mais popular à campanha.
Foi sobretudo a opção do PSDB. O partido usou um personagem chamado Toni Show da Paraíba, que forçou no sotaque do Nordeste -onde Serra tem desempenho fraco- e na linguagem popular.
Lula foi quem mais falou sobre o acordo com o FMI. "Tanto o presidente nos recebeu com muita dignidade, como nós o tratamos com muita dignidade." O diferencial do PT foi o quadro "Mudanças Brasil", em que um personagem atende o telefone e diz: "Mudanças Brasil. Juvenal falando. Claro, senhor, somos preparados para mudanças. Diploma? Não, diploma não". Lourival, sócio de Juvenal, completa: "A gente tem muita experiência."
Ciro Gomes, do PPS, usou duas "armas": um depoimento da namorada, a atriz Patrícia Pillar, e o apoio do tucano Tasso Jereissati, citado três vezes.



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