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CONGRESSO
Collor tira licença do Senado e evita o julgamento de Renan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Fernando Collor (PTB-AL) não deve votar
no processo de cassação contra o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele vai tirar uma licença
de quatro meses a partir da
próxima semana. Renan foi
líder do governo Collor na
Câmara e primeiro político a
romper com o então presidente da República durante
o processo de impeachment.
A justificativa de Collor é
que, nesse período, o Senado
não vai discutir nem votar os
temas de seu interesse, que
são reforma política e ambiente, então ele aproveitará
para atender convites para
fazer palestras. O senador,
que não receberá salário enquanto estiver de licença,
disse que também se dedicará à organização do PTB em
Alagoas para a eleição 2008.
Tanto Collor quanto Renan afirmam que superaram
as divergências do passado,
mas o ex-presidente da República não tem sido visto na
Casa desde que as denúncias
contra o presidente do Senado vieram à tona.
Nos quatro meses o mandato de Collor será assumido
por seu primo e suplente Euclides Mello (PTB-AL). Essa
também é uma forma de dar
visibilidade a Euclides, que
será candidato a prefeito de
Marechal Deodoro (AL).
Collor voltou à vida pública neste ano, 14 anos depois
de ser afastado da presidência da República acusado de
corrupção. Seu primeiro ato
no Senado foi utilizar a tribuna para dar sua versão do
processo de impeachment.
Ele aderiu à base de sustentação do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, se aliando ao PT, que foi o principal
artífice de sua saída da Presidência.
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