São Paulo, segunda-feira, 21 de setembro de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

À toa?

Começa na quinta-feira, em Pittsburgh, mas a terceira cúpula do G20 já é avaliada, com a "Economist" sublinhando que o anfitrião Barack Obama deve se unir aos colegas e "manter o estímulo coordenado" contra a crise econômica.
Para o site MarketWatch, o G20 "perdeu o gás" e sua "promessa de reforma do sistema financeiro parou com a recuperação" global. EUA e outros perderam o "apetite para forçar os bancos a elevar seu capital" e a segurança do sistema, restando reduzir bônus dos banqueiros para o G20 "parecer ocupado".
Mas Obama, em mensagem, voltou a defender a regulação e criticar os "lobistas dos grandes bancos" por resistirem, destaque de Reuters e Bloomberg. Por outro lado, a AP ressaltou que China e os Brics vão à cúpula por maior poder no FMI.

A ESTRELA DESCE
"New York Times", "Wall Street Journal" e "Washington Post" anunciam que o "star power" de Obama "enfrenta seus limites no palco global", hoje em Nova York, na ONU, e depois em Pittsburgh.
Na América Latina, por exemplo, ele é criticado pela incapacidade de responder ao "golpe de Honduras". Obama "foi bem recebido por alguns dos mais influentes líderes, entre eles Lula, mas as boas relações iniciais, como em outros cantos do mundo, esfriaram conforme os EUA mantinham políticas da era Bush, como a consolidação da presença militar na Colômbia".

SATURAÇÃO
Pete Souza/Casa Branca/nytimes.com
Antes de partir para temas globais, Obama surgiu ontem em cinco redes de TV dos EUA. De cima para baixo, CBS, ABC, NBC e CNN. A outra foi a Univisión, de língua espanhola. "Ele saturou os talk shows para promover a reforma na saúde", descreveu o "NYT". Defendeu que "não quebra sua promessa de resguardar a classe média", destacou o "WSJ". Sua reforma "não é radical", disse ele e sublinharam as manchetes dos sites Politico e Talking Points Memo

O TEMOR
Lula também viaja a Pittsburgh e, segundo a France Presse, em despacho de Washington, "Brasil vai ao G20 com dever cumprido e disposto a dar lições". Dele, à agência: "O que eu temo é que, à medida que a crise começa a passar, todos se conformem com a situação, o G20 não decida nada e se mantenha o G8".
Na estatal Agência Brasil, à tarde, "Lula vai defender reformas no sistema financeiro mundial em reuniões nos EUA", em Pittsburgh e na ONU.

DIA APÓS DIA
lifeweek.com.cn
Ontem na home page do "China Daily", "Brasil será terceira economia global, afirma Lula", sobre o pré-sal. E a nova edição da revista "Sanlian Shenghuo Zhoukan" aborda o acordo Brasil-França, entrevistando um especialista militar da Federal de São Carlos

"O PROCESSO DE SUCESSÃO"
chinadaily.com.cn
Por "China Daily" e outros jornais estatais, com a foto, o Comitê Central do PC sugeriu maior "democracia interna no partido", até "pediu sugestões à construção do partido". Já na home do "Financial Times", destaque para a decisão da "elite" de não dar a "promoção esperada" ao provável sucessor do presidente Hu Jintao, o vice Xi Jinping

SEM SIMPATIA
A entrevista com a escolhida de Lula, "Ideia de Estado mínimo é tese falida, diz Dilma", ontem na Folha, ecoou on-line com a chamada "Candidato sem simpatia sofre, afirma Dilma" -e na Bloomberg, com a crítica à Vale pelas demissões na crise.
SEM IBOPE
E a revista "Veja" publica que a pesquisa Ibope a ser divulgada hoje apresenta Ciro Gomes em segundo lugar, atrás de José Serra, e Dilma em terceiro, "dentro da margem de erro". E Marina Silva "começa a dizer a que veio", com 6% das intenções.


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