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FORÇAS ARMADAS
Oficiais querem ter aumento antes do Natal
FERNANDO RODRIGUES
ENVIADO ESPECIAL A MANAUS
Os militares esperam ter algum
reajuste salarial antes do Natal. A
medida ajudaria a melhorar o
ambiente na tropa e é uma das
saídas pensadas pelo governo, segundo a Folha apurou junto a oficiais do Exército brasileiro, presentes à 4ª Conferência Ministerial de Defesa das Américas, realizada nesta semana em Manaus.
A expectativa dos militares é de
um reajuste médio de 30% em
seus soldos. A equipe econômica
considera esse percentual elevado
e propôs um escalonamento. Para
que o impasse não persista, a solução seria dar algum aumento
até o final do ano, antes do Natal.
Um grupo interministerial foi
criado em 9 de agosto para formular uma nova política de salários para os militares. O prazo para concluir o estudo foi estipulado
em 90 dias. Vencerá, portanto, em
9 de novembro. A concessão do
reajuste tem de ser feita por meio
de lei aprovada pelo Congresso,
ou por meio de medida provisória, editada pelo presidente. Ainda não está definido qual caminho o governo vai escolher.
A maior reclamação dos militares é com respeito aos seus quadros de média patente. Um coronel com 30 anos de carreira, por
exemplo, recebe cerca de R$ 2.900
líquidos por mês. Um cabo em
início de carreira recebe aproximadamente R$ 1.000. Um general
de quatro estrelas ganha perto de
R$ 5.000 mensais líquidos.
O ministro da Defesa do Brasil,
Geraldo Quintão, disse ontem
preferir não comentar sobre o
reajuste salarial dos militares:
"Estou há uma semana em Manaus tratando de outros temas".
A intenção do ministro é não causar mais polêmica. No início deste
mês, o comandante do Exército,
general Gleuber Vieira, reuniu-se
com cerca de 150 generais em Brasília para discutir vários assuntos
e também a reivindicação salarial.
Essa reunião foi interpretada de
forma negativa por FHC.
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