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Ciro ironiza acordo governista e diz que PSB vai esperar 2010
"Espero que termos da aliança sejam confessáveis", diz deputado sobre aliança PT-PMDB
"Nosso tempo é março do
ano que vem", afirmou o
pré-candidato do PSB, único
partido da base que não se
reunirá com Dilma neste ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pré-candidato a presidente
da República pelo PSB, o deputado federal Ciro Gomes (CE)
foi irônico ontem ao comentar
o acordo entre PT e PMDB em
prol da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). "Só espero que
o PMDB entregue o que está
prometendo. Espero também
que os termos da aliança sejam
confessáveis", afirmou.
Ciro, que é um crítico do
PMDB, admitiu que os diversos
encontros partidários realizados por Dilma nos últimos dias
fortalecem a candidatura da
ministra, mas afirmou que isso
não o preocupa.
"O PSB está ciente dessas
movimentações. Nós também
vamos cuidar de arrumar as
nossas alianças", disse.
Mas o momento, segundo
afirmou o candidato, não é agora, e sim no ano que vem. Ciro
deixou claro que ele e seu partido preferem primeiro esperar
por uma definição mais exata
do quadro eleitoral. Principalmente, de quem será o candidato da oposição -se o governador de São Paulo, José Serra
(SP), ou de Minas Gerais, Aécio
Neves (MG). Ciro vem dizendo
que não gostaria de concorrer
contra Aécio.
"Nosso tempo é março do
ano que vem. Por enquanto, é
gelo na veia", afirmou.
Reunião
O PSB será o único partido da
base do governo com o qual Dilma não fará reunião neste ano.
O próprio Ciro mantém-se
em compasso de espera. Se seu
espaço político ficar espremido
entre a candidata petista e o
candidato de oposição, cresce a
pressão para que concorra ao
governo de São Paulo, Estado
para o qual já transferiu seu domicílio eleitoral.
Pelo menos por enquanto, o
ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula afirma
que sua disposição é concorrer
ao Palácio do Planalto. O fato
de o PSB apoiar o governo federal, no entanto, é, segundo ele,
um fato inibidor para que se
movimente com mais liberdade no momento.
"No ano que vem, teremos a
conversa definitiva com o presidente Lula. E aí será avaliado
o que é melhor: se uma campanha plebiscitária, como o presidente quer, ou com duas candidaturas do nosso campo, como
nós defendemos. Se houver a
decisão de uma candidatura
nossa, aí estaremos liberados
para procurar aliados", afirmou
Ciro.
(FZ e LS)
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