São Paulo, quarta-feira, 21 de outubro de 2009

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Ciro ironiza acordo governista e diz que PSB vai esperar 2010

"Espero que termos da aliança sejam confessáveis", diz deputado sobre aliança PT-PMDB

"Nosso tempo é março do ano que vem", afirmou o pré-candidato do PSB, único partido da base que não se reunirá com Dilma neste ano

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pré-candidato a presidente da República pelo PSB, o deputado federal Ciro Gomes (CE) foi irônico ontem ao comentar o acordo entre PT e PMDB em prol da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). "Só espero que o PMDB entregue o que está prometendo. Espero também que os termos da aliança sejam confessáveis", afirmou.
Ciro, que é um crítico do PMDB, admitiu que os diversos encontros partidários realizados por Dilma nos últimos dias fortalecem a candidatura da ministra, mas afirmou que isso não o preocupa.
"O PSB está ciente dessas movimentações. Nós também vamos cuidar de arrumar as nossas alianças", disse.
Mas o momento, segundo afirmou o candidato, não é agora, e sim no ano que vem. Ciro deixou claro que ele e seu partido preferem primeiro esperar por uma definição mais exata do quadro eleitoral. Principalmente, de quem será o candidato da oposição -se o governador de São Paulo, José Serra (SP), ou de Minas Gerais, Aécio Neves (MG). Ciro vem dizendo que não gostaria de concorrer contra Aécio.
"Nosso tempo é março do ano que vem. Por enquanto, é gelo na veia", afirmou.

Reunião
O PSB será o único partido da base do governo com o qual Dilma não fará reunião neste ano.
O próprio Ciro mantém-se em compasso de espera. Se seu espaço político ficar espremido entre a candidata petista e o candidato de oposição, cresce a pressão para que concorra ao governo de São Paulo, Estado para o qual já transferiu seu domicílio eleitoral.
Pelo menos por enquanto, o ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula afirma que sua disposição é concorrer ao Palácio do Planalto. O fato de o PSB apoiar o governo federal, no entanto, é, segundo ele, um fato inibidor para que se movimente com mais liberdade no momento.
"No ano que vem, teremos a conversa definitiva com o presidente Lula. E aí será avaliado o que é melhor: se uma campanha plebiscitária, como o presidente quer, ou com duas candidaturas do nosso campo, como nós defendemos. Se houver a decisão de uma candidatura nossa, aí estaremos liberados para procurar aliados", afirmou Ciro. (FZ e LS)


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