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Serra foca PMDB e procura Geddel e Requião
Governador paulista falou com o ministro da Integração Nacional na quarta e se reuniu com seu colega do Paraná na quinta
"Se Lula conversa com Serra, por que Geddel não poderia conversar?", argumenta um aliado do ministro, que nega a reunião com o governador
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de avançada a costura
da aliança do PT com o PMDB,
o governador de São Paulo e potencial candidato à Presidência, José Serra (PSDB), intensifica o assédio a peemedebistas.
Na quarta-feira, o tucano conversou com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira
Lima (BA), em Brasília.
Na Bahia, Geddel tem reafirmado sua disposição de disputar as eleições contra o atual governador do Estado, o petista
Jacques Wagner.
Segundo aliados de Geddel
-entre eles, o deputado estadual Arthur Maia (PMDB)-, a
tendência é dividir com Wagner o palanque da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no Estado. Mas não está descartada
uma articulação com o PSDB.
"Se o presidente Lula conversa com Serra, por que Geddel
não poderia conversar?", argumentou Arthur Maia. Geddel
(que teme retaliações do governo) nega o encontro com Serra.
"No dia em que for encontrar
o Serra será no restaurante
mais badalado de São Paulo.
Qual é?", reagiu Geddel. Ministro e governador chegaram, no
entanto, a programar um almoço na quarta-feira, quando
Geddel esteve em São Paulo para a abertura do Seminário Internacional de Defesa Civil.
Como não puderam almoçar,
cogitaram viajar juntos, às 16h,
no avião do governo de São
Paulo, para Brasília. Geddel, no
entanto, embarcou às 15h, após
liberação de avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Serra e Geddel se encontraram na noite de quarta-feira,
em Brasília, após jantar em comemoração ao aniversário do
presidente do PSDB, Sérgio
Guerra (PE).
Aliança com o DEM
Na conversa, Geddel teria
reiterado o interesse de concorrer ao governo da Bahia,
descartando a hipótese de disputar o Senado numa aliança
com o democrata Paulo Souto
na cabeça de chapa.
Integrantes do DEM chegaram a sugerir um acordo em favor de Geddel, hoje terceiro na
pesquisa. Mas a negociação fracassou. Na oposição, a ideia é
ganhar tempo até que se clareie
o cenário na Bahia.
Na quinta-feira, Serra se reuniu com o governador do Paraná, Roberto Requião, um dos
críticos da aliança com o PT.
Em reuniões com o PMDB de
Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, Requião chegou a propor o
anúncio de candidatura própria para a Presidência. A expectativa é que seu nome seja
lançado durante encontro programado para hoje com presidentes estaduais do PMDB.
Em Curitiba para uma palestra, Serra telefonou para Requião. Em retribuição, o governador antecipou o retorno de
uma viagem ao interior do Estado para recebê-lo na capital.
No Paraná, o PSDB tenta
construir uma aliança com o
PMDB, oferecendo a Requião
uma vaga para o Senado.
Hoje, dois tucanos disputam
o direito de concorrer ao governo: o prefeito de Curitiba, Beto
Richa, e o senador Álvaro Dias.
Resistente a Osmar Dias
(PDT), Requião insiste no lançamento de candidato do
PMDB ao governo. A decisão
do PSDB será em janeiro.
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