DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Lula pretende reunir os líderes aliados da Câmara e do Senado amanhã, num almoço, para tentar pôr fim à crise entre as Casas, provocada pela decisão do governo de convocar o Congresso durante o recesso. Embora não seja oficial, os líderes foram informados de que a convocação é certa, provavelmente de 20 de janeiro a 15 de fevereiro. Isso significaria vitória do Senado.
Na sexta-feira, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que a convocação é um escândalo e que o governo está errado. Lula foi pressionado pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), a convocar o Congresso. Senadores ameaçavam não votar o projeto de lei que prorroga a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda.
Mercadante e o líder do PT, Tião Viana (AC), fizeram um acordo para evitar alterações na reforma da Previdência: garantiram que a Câmara aprovaria rapidamente a proposta de emenda constitucional que abranda regras da aposentadoria.
Os deputados não querem o desgaste do custo da convocação (cada parlamentar receberá mais dois salários de R$ 17,2 mil) para aprovar uma emenda do Senado.


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