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SUCESSÃO EM SP
Petista prega união
PT deve parar de "ajoelhar no milho", afirma Marta
DA REDAÇÃO
A pré-candidata do PT ao governo de São Paulo, Marta Suplicy, disse, em entrevista ao UOL
News, que seu partido deve "parar de ajoelhar no milho" e pregou que as divergências fiquem
apenas no plano interno.
A ex-prefeita de São Paulo (derrotada pelo tucano José Serra
quando disputava a reeleição em
2004) afirmou que não há cabimento nas críticas feitas por representantes do próprio partido.
Em sua opinião, os petistas estão
na defensiva, em conseqüência de
uma pressão "de parte da imprensa que não quer ver o partido
no poder". "Vejo uma parte da
imprensa, vejo o tempo todo todo
mundo batendo direto no PT.
Agora não vemos a mesma coisa
ocorrendo com o PSDB. Tem escândalo sem parar do PSDB, mas
passa batido. Do PT não pode
passar batido; tem que ficar, tem
que sangrar. Não estou defendendo o que foi feito, não tem como
defender o que foi feito", disse.
"O PT tem que parar de ajoelhar
no milho e começar a mostrar o
que o governo federal fez. Não temos de ficar aqui explicando o
PT. Mais do que a oposição já bateu e vai bater, não preciso eu ficar
aqui falando do PT. Quero falar
que o governo Lula criou milhares de empregos, quero falar do
Bolsa Família -porque eu em
São Paulo fiz o Renda Mínima,
que é o Bolsa Família, e pude ver o
impacto que teve", completou.
Marta disse não ter ficado surpresa com a pesquisa Datafolha
publicada na semana passada, indicando o peemedebista Orestes
Quércia como favorito para se
eleger governador no ano que
vem. "De um lado, [a pesquisa]
mostra uma certa decepção com
o PT e com o PSDB. De outro,
Quércia trabalhou forte pela implantação do PMDB no interior e
teve uma campanha intensa na
TV por duas ou três semanas.
Achei que surpreendeu, mas consegui ver aí uma explicação."
Nas simulações realizadas pelo
Datafolha, Marta Suplicy aparece
em segundo lugar nas pesquisas,
com percentuais entre 21% e 22%
das intenções de voto. Ela disputa
a indicação do seu partido para
concorrer ao governo. O senador
Aloizio Mercadante também deseja ser o candidato do partido.
A pré-candidata disse que ainda
não tem nenhuma estratégia definida para a campanha. Segundo
ela, as propostas de governo serão
definitivas para eleger o novo governador do Estado. "Quando as
pessoas forem votar estarão muito ressabiadas com partidos, não
só com o PT, mas também com o
PSDB. Estarão com o pé atrás. E
na minha modesta opinião, vão
dizer: "o que tal candidato está
propondo?" Aí vão avaliar e, se as
propostas forem interessantes e,
se a pessoa for crível, tiver credibilidade, vão tentar."
A ex-prefeita defendeu o presidente Lula. Disse acreditar que ele
não sabia das atitudes de Delúbio
Soares, ex-tesoureiro petista, amigo do presidente e que declarou
ter operado um esquema de caixa
dois no PT. "Acho que ele não tinha a mais vaga idéia do que Delúbio fazia", afirmou.
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