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Procuradoria pede a cassação de Cassol
Ministério Público acusa governador de Rondônia de ter se beneficiado da compra de votos; Cassol nega irregularidade
Procuradoria afirma que mais que 950 funcionários participaram de esquema; senador eleito Expedito Júnior também é acusado
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
A Procuradoria Regional
Eleitoral de Rondônia protocolou anteontem recursos contra
os diplomas eleitorais do governador reeleito, Ivo Cassol
(MD), e do senador eleito neste
ano, Expedito Júnior (MD).
Eles são acusados de se beneficiar de um suposto esquema
que teria comprado votos de
funcionários da empresa de segurança do irmão de Expedito,
Irineu Gonçalves. Outra suspeita, Val Ferreira (MD), mulher do senador e suplente de
deputada federal, também teve
sua diplomação questionada.
As denúncias contra Cassol,
Expedito e Val Ferreira (objeto
também de inquérito) afirmam
que pouco mais que 950 funcionários da Rocha Segurança e
Vigilância foram envolvidos no
esquema. Ao menos cinco deles
disseram à PF ter recebido R$
100 para votar nos três, além do
derrotado para a Assembléia
Legislativa José Antônio Gonçalves (PSDC). A Folha ligou,
na semana passada, para quatro dos seguranças da empresa,
que confirmaram o recebimento do dinheiro. Um deles disse
que recebeu para trabalhar na
campanha de Expedito.
De acordo com as investigações, os pagamentos foram feitos através da conta eleitoral
do candidato derrotado à deputado estadual Carlos dos Reis
Batista (Prona). Com apenas
40 votos, sua campanha movimentou cerca de R$ 165 mil.
Outro lado
O advogado de Cassol, França Guedes, afirmou que ainda
não foi notificado sobre o recurso, mas que o governador
apresentará sua defesa em poucos dias. À Folha Cassol disse
que a denúncia foi feita por inimigos políticos e que não havia
motivo para a ilegalidade, uma
vez que ele sempre esteve à
frente nas pesquisas.
Em relação à Batista, o governador afirmou que não o conhece e que não é responsável
pela sua movimentação financeira durante a campanha. "Cada um cuida do seu CPF", disse.
Os outros acusados já negaram
envolvimento no esquema.
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