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Crise revela risco de fechamento da imigração, diz dirigente da UE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Comissão
Européia, José Manuel Durão
Barroso, disse ontem, no Rio,
que a crise financeira internacional traz o risco de um agravamento de medidas protecionista e do "fechamento" de países tanto no campo econômico
como no da migração.
"Obviamente que em situações de crise os riscos de medidas protecionistas e de fechamento são sempre maiores. E
nós temos de fazer tudo para
evitar que isso não aconteça
quer na Europa quer no resto
do mundo. É uma tentação que
tem de ser evitada."
Para Barroso, o recrudescimento das restrições à migração e uma nova onda protecionista seria algo "negativo, mesmo dramático, para o mundo".
Recordou a crise de 1929, a qual
se sucederam medidas protecionistas que empurraram a recessão para a "uma grande depressão" global.
"A posição da União Européia é lutar contra isso", disse
Barroso, que está no Rio para a
2ª Cúpula Brasil-União Européia -cujo principal foco deve
ser econômico, segundo ele.
Na visão de Barroso, as medidas tomadas na área de política
de migração pela UE "foram incompreendidas" por alguns
países da América Latina. Elas,
diz, não são "restritivas" e têm
como objetivo apenas estimular a imigração legal e desincentivar a ilegal -promovida
"por redes criminosas".
Ao falar em menos protecionismo, Barroso defendeu a
conclusão da Rodada de Doha
de liberalização do comércio,
que ganha fôlego e urgência.
Segundo ele, a crise mostrou
"para bem e para o mal que estamos todos [os países] interdependentes." Diante disso,
diz, as ações têm de ser tomadas em conjunto.
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