São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2008

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Crise revela risco de fechamento da imigração, diz dirigente da UE

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, disse ontem, no Rio, que a crise financeira internacional traz o risco de um agravamento de medidas protecionista e do "fechamento" de países tanto no campo econômico como no da migração.
"Obviamente que em situações de crise os riscos de medidas protecionistas e de fechamento são sempre maiores. E nós temos de fazer tudo para evitar que isso não aconteça quer na Europa quer no resto do mundo. É uma tentação que tem de ser evitada."
Para Barroso, o recrudescimento das restrições à migração e uma nova onda protecionista seria algo "negativo, mesmo dramático, para o mundo". Recordou a crise de 1929, a qual se sucederam medidas protecionistas que empurraram a recessão para a "uma grande depressão" global.
"A posição da União Européia é lutar contra isso", disse Barroso, que está no Rio para a 2ª Cúpula Brasil-União Européia -cujo principal foco deve ser econômico, segundo ele.
Na visão de Barroso, as medidas tomadas na área de política de migração pela UE "foram incompreendidas" por alguns países da América Latina. Elas, diz, não são "restritivas" e têm como objetivo apenas estimular a imigração legal e desincentivar a ilegal -promovida "por redes criminosas".
Ao falar em menos protecionismo, Barroso defendeu a conclusão da Rodada de Doha de liberalização do comércio, que ganha fôlego e urgência. Segundo ele, a crise mostrou "para bem e para o mal que estamos todos [os países] interdependentes." Diante disso, diz, as ações têm de ser tomadas em conjunto.


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