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PSDB vê estabilidade de Serra, e PT, consolidação de Dilma em 2º
Tucano diz que TV ajudou ministra; para petistas, há potencial de crescimento
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto a oposição comemorou a estabilidade de José
Serra (PSDB) na dianteira, petistas destacaram a consolidação da ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil) na segunda posição
na pesquisa presidencial do Datafolha divulgada ontem.
O presidente nacional do
PSDB, Sérgio Guerra (PE), reconheceu o crescimento de Dilma (PT), mas disse que ela foi
favorecida pela exposição nos
programas de TV do PT, que foram ao ar pouco antes da pesquisa. "No nosso programa ainda havia dois candidatos, e é
notável nossa estabilidade:
conseguimos nos manter entre
35% e 40%", disse o tucano.
O deputado federal Mendes
Thame, presidente do PSDB
em São Paulo, disse que o resultado "é a confirmação de um
candidato, José Serra, que é extremamente conhecido, tem
grande aceitação na camada
dos mais pobres e certamente
esse conhecimento vem do que
ele já fez de concreto".
Reservadamente, tucanos
em São Paulo disseram que
apenas um ponto da pesquisa
gera preocupação: o fato de Dilma ter espaço para crescer entre os mais pobres.
Para o presidente do DEM,
deputado Rodrigo Maia (RJ), a
preocupação do PT em comparar os governos Lula e FHC é
um temor de colocar Dilma para enfrentar Serra. "Eles [petistas] estão presos no passado e
têm dificuldades para apresentar um projeto novo."
Na avaliação do presidente
do PT, Ricardo Berzoini (SP), a
pesquisa favorece Dilma ao
apontar que a ministra se torna
mais conhecida do eleitor como a candidata do PT apoiada
pelo presidente Lula.
Para o petista, o crescimento
de Dilma também representa
um motivo de preocupação para os tucanos, uma vez que a
ministra alcança esse patamar
mesmo sem nenhuma disputa
eleitoral no currículo.
O líder do PT na Câmara,
Cândido Vacarezza (SP), afirmou que a pesquisa mostra que
o único "que saiu no prejuízo"
foi Serra. "A ministra mostrou,
mais uma vez, que tem potencial, e que o eleitor reconhece
nela a continuidade do projeto
do governo Lula", afirmou.
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