|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Análise
Resultado "carimba" passaporte de Alckmin
VERA MAGALHÃES
EDITORA DE BRASIL
A última pesquisa Datafolha
de 2009 praticamente carimba
o passaporte de Geraldo Alckmin como candidato do PSDB
ao Palácio dos Bandeirantes. A
única equação, hoje, em que
Alckmin ficaria fora da cédula
seria aquela em que José Serra
decidisse disputar a reeleição,
hipótese considerada remota
tanto por aliados quanto por
adversários do governador.
O patamar a partir de 50% alcançado pelo atual secretário
de Desenvolvimento torna praticamente inócua a postulação
de tucanos como Aloysio Nunes Ferreira, que nunca passou
de um dígito nas pesquisas.
Afinal, com a saída de cena de
Aécio Neves, Serra tornou-se o
único pré-candidato à Presidência pelo PSDB. Líder isolado na pesquisa nacional, o tucano precisa sair "de casa" com
uma ampla vantagem sobre
Dilma Rousseff", que compense
a expectativa, confirmada pelo
último Datafolha, de que a petista o supere no Nordeste.
O "número mágico" que os
tucanos costumam citar para
essa margem é de 4 milhões de
votos. Para cumprir a meta,
Serra precisará de um candidato altamente competitivo, algo
que só Alckmin, a despeito da
histórica rixa com o grupo serrista, mostrou ser até aqui.
Já no campo lulo-petista, o
grau de incerteza é bem maior.
Transplantado do Ceará para
São Paulo numa operação que
começou como um balão de ensaio e ganhou o engajamento de
Lula, Ciro Gomes (PSB) não
"vingou" como opção ao PSDB.
Se já era difícil fazer o PT
paulista engolir a ideia de ficar
fora da chapa estadual por certo cálculo pró-Dilma (não há
certeza nem mesmo de que a
saída de Ciro da cédula nacional favoreça a ministra), fica
quase impossível essa engenharia uma vez que a performance dele é igual ou inferior à
da ex-prefeita Marta Suplicy.
Junte-se a essa resistência o
fato de que o próprio Ciro não
engole a ideia de disputar o governo de São Paulo e tem-se
uma operação que tende a ser
abortada no nascedouro.
Recall
Os nomes que encabeçam os
principais cenários da pesquisa
Datafolha em São Paulo, Minas
Gerais e Rio de Janeiro são, não
por acaso, figuras amplamente
conhecidas do eleitorado: um
ex-governador, um ministro de
Estado e o atual governador.
Quase um ano antes do pleito, o interesse do eleitor se concentra, quando muito, na movimentação em torno da sucessão presidencial. Assim sendo,
lidera quem tem mais recall.
O caso mais emblemático
desse distanciamento é Minas.
Nada menos que 73% não sabem citar espontaneamente
um candidato a governador.
Com tudo em aberto, a vantagem do ministro Hélio Costa
(PMDB) tanto pode se confirmar quanto dar lugar ao crescimento de um dos candidatos do
PT ou do vice-governador Antonio Anastasia, que terá o
apoio de Aécio Neves.
Candidato a "poste" da vez,
Anastasia parte de um patamar
superior, por exemplo, ao que o
prefeito de Belo Horizonte,
Márcio Lacerda (PSB), tinha no
início da corrida de 2008.
No Rio, o destaque é a falta de
palanque de oposição a Lula-Dilma. Os candidatos testados
no Datafolha, Fernando Gabeira (PV) e Cesar Maia (DEM),
querem tentar o Senado.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Cabral lidera com 15 pontos à frente de 2º Índice
|