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Bancada do PSDB prefere Alckmin a
Serra contra Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A vantagem que o prefeito
José Serra detém sobre o governador Geraldo Alckmin
nas pesquisas eleitorais não
se reflete entre deputados e
senadores do PSDB. A maioria dos tucanos prefere o governador de São Paulo, de
acordo com enquete feita
pela Folha com os parlamentares do partido.
Na Câmara, 21 deputados
ouvidos optaram por Alckmin e 17, por Serra. Cinco
votaram nos dois presidenciáveis, quatro não foram
encontrados e um votou em
branco. Cinco deputados se
negaram a participar.
No Senado, uma ordem do
presidente do PSDB, Tasso
Jereissati, prejudicou a votação. O senador cearense determinou que os colegas não
participassem da enquete,
para não acirrar o clima de
animosidade entre os dois
concorrentes.
A maioria acatou. Dos 15
senadores, apenas seis declaram voto: três preferiram
Serra, dois escolheram Alckmin e um preferiu Aécio Neves, governador de Minas.
Sete senadores disseram
preferir qualquer um dos
dois. Outros não quiseram
participar da enquete.
Na Câmara, a enquete foi
realizada com voto secreto
depositado num envelope.
Por isso, não é possível determinar a preferência de cada parlamentar. Uma minoria aceitou revelar o voto.
"Prefiro Serra porque ele já
foi candidato, é mais conhecido e existe um sentimento
muito forte na sociedade de
que se fez uma injustiça em
2002 [quando Serra perdeu
para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva]", disse Antônio Joaquim (MA).
Na trincheira de Alckmin,
o argumento usado foi o
princípio norteador da pré-campanha do governador
paulista, o de que é candidato natural. "O governador
está solto. Com Serra, há o
probleminha de ele deixar
quase todo o governo para
outro partido [o PFL]", declarou Lobbe Neto (SP).
Em comum nos dois campos houve a preocupação
com a possibilidade de a disputa interna sair de controle.
"É claro que tememos pela
unidade do partido, embora
os dois sejam políticos experientes e maduros, que sabem o que significaria um
racha", afirmou Julio Semeghini (SP). Para Custódio
Mattos (MG), a disputa não
pode subir de tom: "A temperatura não deve subir nem
mais um grau".
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